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CPFL avalia participar de leilão de hidrelétricas existentes, diz presidente

06/11/2015 16h18

SÃO PAULO (Reuters) - A CPFL Energia tem sido bastante procurada por investidores interessados em parcerias para disputar o leilão de hidrelétricas existentes agendado para 25 de novembro e estuda o certame também com sua subsidiária CPFL Renováveis, que mira usinas pequenas, disse nesta sexta-feira o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr.

Dados os altos valores que o governo cobrará dos vencedores da licitação em bônus de outorga, com o objetivo de arrecadar até 17 bilhões de reais para os cofres públicos, o executivo vê empresas chinesas como possíveis fortes competidoras.

"Posso dizer que são usinas (que serão ofertadas) muito boas, representativas, das maiores do Brasil. Mas, enquanto negócio, estamos fazendo diligências, recebendo gente para avaliar parcerias, mas não temos ainda nenhuma decisão", explicou Ferreira.

O executivo disse que a Medida Provisória 688, que oferece compensaçao e mudança de regras sobre o risco de seca em hidrelétricas, após pesadas perdas desse segmento com a falta de chuvas, precisa ser aprovada antes do leilão para que as empresas possam precificar seus lances.

Ele lembrou que 30 por cento da energia das hidrelétricas do leilão poderá ser comercializada no mercado livre de energia, e essa parcela da produção, que é justamente a que vai monetizar o negócio, devido aos maiores preços nesse mercado, estaria sujeita ao chamado "risco hidrolõgico", cujas regras estão sendo discutidas na MP, em tramitação.

De acordo com Ferreira, o governo sinalizou que pretende aprovar o texto até 17 de novembro, poucos dias antes do leilão.

CELG NO RADAR

O executivo também reafirmou interesse em avaliar a distribuidora Celg, de Goiás, quando a estatal Eletrobras iniciar o processo de venda da empresa, mas avaliou que os 5 bilhoes de reais --citados por uma fonte próxima das negociações-- representam um valor elevado.

"Parece caro... Há distribuidoras maiores com ações em bolsa que têm preço menor", apontou Ferreira.

(Por Luciano Costa)