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PIB dos EUA cresce 2,1% no 3º tri com revisão para cima

Lucas Jackson/Reuters
Imagem: Lucas Jackson/Reuters

24/11/2015 12h02

WASHINGTON (Reuters) - A economia norte-americana cresceu a um ritmo mais forte no terceiro trimestre do que inicialmente imaginado, sugerindo resistência que pode ajudar a dar ao Fed, Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, confiança para elevar a taxa de juros no próximo mês.

O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira (24) que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu a uma taxa anual de 2,1%, contra taxa de 1,5% divulgada no mês passado. O Departamento explicou que os esforços das empresas para reduzir os estoques não foram tão agressivos quanto anteriormente pensado.

A estimativa de crescimento também foi impulsionada por revisões para cima dos gastos corporativos em equipamentos e investimento imobiliário. Embora os gastos do consumidor tenham sido revisados um pouco para baixo, seu ritmo continua acelerado.

Quando medida pelo lado da receita, a economia cresceu a uma taxa de 3,1%, acelerando em comparação ao ritmo de 2,2% do segundo trimestre.

Sobem chances de Fed elevar juros em dezembro

A expansão respeitável do terceiro trimestre deve colocar a economia em condição de alcançar um crescimento de ao menos 2% na segunda metade do ano, em torno do seu potencial de longo prazo. Na sequência do robusto crescimento do emprego em outubro e da forte demanda doméstica, o Fed deve elevar os juros em sua reunião de 15 e 16 de dezembro.

A revisão do PIB ficou em linha com as expectativas dos economistas. As empresas acumularam US$ 90,2 bilhões em estoques no terceiro trimestre, em vez dos US$ 56,8 bilhões divulgados no mês passado.

Como resultado, a mudança nos estoques cortou 0,59 ponto percentual do crescimento do PIB do terceiro trimestre, contra 1,44 ponto percentual que o governo divulgou em outubro. Isso, entretanto, sugere que os estoques podem ser um peso maior ainda para o crescimento do quarto trimestre.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 3%, contra 3,2% estimados no mês passado.

Uma medida de demanda doméstica privada, que exclui o comércio, estoques e gastos do governo, também foi revisada para baixo, para um ritmo ainda forte de 3,1%.

O crescimento nas exportações, que têm sido afetadas pelo dólar forte e demanda global fraca, foi revisado para um aumento de 0,9%. Com as importações subindo a um ritmo ligeiramente mais rápido do que informado anteriormente, o déficit comercial subtraiu 0,22 ponto percentual do crescimento do PIB. Anteriormente foi divulgado que o comércio teve um impacto neutro

O investimento em estruturas não residenciais contraiu 7,1%, contra taxa de 4% divulgada antes. Entretanto, os gastos das empresas foram revisados para cima para 9,5%, ante 5,3%.

(Por Lucia Mutikani)