Petrobras diz a analistas que não descarta ajuda do governo
SÃO PAULO (Reuters) - Com um elevado endividamento e a queda dos preços do petróleo, a Petrobras não descarta ajuda do governo federal, mas isso não está em discussão neste momento e seria a última opção, afirmaram executivos da empresa em encontro com analistas nesta sexta-feira (15), segundo relato do Itaú BBA em nota a clientes obtida pela agência de notícias Reuters.
Ainda de acordo com a nota do Itaú BBA a clientes, a petroleira vê a posição mínima de caixa de US$ 15 bilhões sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário --anteriormente, a empresa informara que previa encerrar 2015 com caixa de cerca de US$ 22 bilhões.
Plano de negócios
A Petrobras realizou encontro com analistas do "sell side" na manhã desta sexta-feira para discutir os ajustes no plano de negócios 2015-2019, anunciado no início da semana, no qual reduziu os investimentos em 24,5% ante o valor original.
Nesta sexta-feira, a estatal também sinalizou que mais cortes nos investimentos (capex) podem ocorrer no futuro, especialmente em razão do efeito dos preços do petróleo na indústria de serviços e equipamentos, conforme relato dos analistas do Itaú BBA.
O petróleo está sendo negociado em mínimas de mais de dez anos, abaixo de US$ 30 o barril.
De acordo com a nota do Itaú BBA, a companhia sinalizou ainda que está totalmente focada no plano de desinvestimentos, com dez grupos de ativos para venda que valem mais de US$ 15 bilhões.
Venda da Braskem
Sobre a venda da fatia na petroquímica Braskem, a Petrobras disse que analisa todas as possibilidades.
Em relação a dividendos, o analista Diego Mendes e equipe citaram que a empresa apenas mencionou que estão trabalhando para aumentar os retornos aos acionistas, mas que o pagamento de dividendos depende dos lucros da companhia.
Ainda conforme a nota a clientes dos analistas do Itaú BBA sobre o encontro, a empresa vê como maior risco a ação coletiva contra a companhia nos Estados Unidos, na esteira do escândalo de corrupção no Brasil, mas não forneceu qualquer sinal sobre como o processo irá se desenvolver ou valores.
(Por Paula Arend Laier)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.