Assembleia da Vale aprova nova política de remuneração a acionistas
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale aprovou nesta segunda-feira (25)em assembleia de acionistas uma nova política de dividendos, que permite que a companhia passe a encerrar o pagamento após o fechamento do exercício e não ao longo dele, como ocorria anteriormente, segundo ata enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Pela nova regra, o montante da remuneração ao acionista ficará ainda a critério do Conselho de Administração.
A mudança ocorreu após a Vale registrar prejuízo líquido de R$ 33,156 bilhões no quarto trimestre de 2015, o pior resultado desde pelo menos a privatização da empresa, em 1997, com suas contas afetadas pelos baixos preços das commodities, que levaram a companhia a realizar uma expressiva baixa contábil.
A nova proposta de remuneração ao acionista será analisada e paga, caso seja decidido pelo pagamento, em dois momentos. A primeira parcela poderá ser paga no mês de outubro do ano em curso e a segunda parcela até o fim do mês de abril do ano subsequente.
"O valor da primeira parcela será definido em função dos resultados acumulados do período pela companhia e da estimativa de geração de fluxo de caixa livre para o ano. O valor da segunda parcela será definido após a apuração do resultado do exercício social", segundo documento da Vale.
Modelo anterior
No modelo anterior, a diretoria executiva da companhia realizava uma proposta de pagamento até 31 de janeiro. Em caso de pagamento, a Vale tradicionalmente fazia a distribuição em duas parcelas, uma em abril e a segunda em outubro.
Para 2016, a Vale já informou que não pretende pagar remuneração a acionistas, diante da volatilidade dos preços das commodities minerais.
Em entrevista recente, o diretor de relações com Investidores da Vale, Rogerio Nogueira, explicou que a nova política busca maior flexibilidade.
Isso porque, em sua avaliação, a volatilidade atual do setor de mineração não permite a antecipação do pagamento de dividendos.
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