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Lucro do Itaú Unibanco cai 9% no 3º tri; inadimplência sobe e provisões caem

31/10/2016 09h54

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco teve lucro 9% menor no terceiro trimestre, com os efeitos de nova contração no crédito sendo parcialmente compensados por maiores ganhos com juros e menos despesas com provisões para perdas com inadimplência, apesar de nova alta nos níveis de calotes.

O banco, que no começo do mês anunciou a compra das operações de varejo do Citi no Brasil, informou nesta segunda-feira (31) que seu lucro líquido de julho a setembro somou R$ 5,394 bilhões, queda de 9,3% sobre um ano antes.

Em termos recorrentes, o lucro foi de R$ 5,595 bilhões no período, queda de 8,94% ante igual período de 2015.

Refletindo a recessão no país, a carteira de crédito do Itaú Unibanco teve contração de 11,5% em 12 meses na métrica que inclui avais e fianças, a R$ 567,7 bilhões. Incluindo títulos privados, o recuo foi de 11%, a R$ 605,1 bilhões.

Os maiores declínios foram nas carteiras de veículos, repasses dos BNDES e financiamento à exportação, enquanto as linhas imobiliária (+11,5%) e de cartão de crédito (1,3%) foram as únicas a registrar expansão.

Ainda assim, o banco teve margem financeira 6,7% maior na comparação com o trimestre anterior, a R$ 17,7 bilhões, por ter repassado taxas maiores a clientes e aos resultados positivos da tesouraria.

O índice de inadimplência das operações de crédito vencidas acima de 90 dias atingiu 3,9%, 0,3 ponto percentual maior ante o trimestre anterior e 0,9 ponto maior em 12 meses.

Segundo o Itaú Unibanco, essa alta refletiu uma operação de uma empresa de grande porte no Brasil, cujo nome não foi revelado. Sem isso, o índice teria ficado estável.

De todo modo, a provisão feita pelo banco para perda esperada com calotes somou R$ 6,169 bilhões, queda de 2,7% na comparação trimestral e alta de apenas 2,9% sobre um ano antes.

Em outra frente, o Itaú Unibanco viu suas receitas com prestação de serviços subirem 7,7% sobre o terceiro trimestre de 2015, a R$ 7,825 bilhões.

O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido anualizado foi de 19,9% no período, queda ante os 20,6% do trimestre anterior e dos 24,1% de um ano antes.

O banco manteve suas previsões de resultado para 2016.

(Por Aluísio Alves)