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Vale obtém licença de operação para seu maior projeto de minério de ferro

09/12/2016 13h38

RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA, 9 Dez (Reuters) - O projeto bilionário de minério de ferro da mineradora Vale S11D, em Canaã dos Carajás, Pará, recebeu a licença de operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nesta sexta-feira (9), segundo documento publicado no site do órgão ambiental.

Maior projeto da história da Vale, o S11D tem previsão para entrar em operação ainda neste ano, acrescentando capacidade de produção anual de 90 milhões de toneladas de minério de ferro. A primeira venda de minério do projeto é aguardada para janeiro, segundo a Vale.

A licença, segundo o documento, é válida por 10 anos a partir da data de sua assinatura e está condicionada ao cumprimento de condicionantes, como apresentação de relatórios, e de obrigações relativas a compensações ambientas.

"O grau de impacto do empreendimento é de 0,5%. O valor da compensação ambiental relativo ao Projeto de Ferro Carajás S11D foi estipulado em R$ 47.594.033,84, valor a ser devidamente atualizado", informou o documento do Ibama.

Em comunicado ao mercado, a Vale destacou nesta sexta-feira que o conjunto de mina e planta do S11D alcançou 96% de avanço físico no fim do terceiro trimestre.
Em setembro, o Ibama emitiu a licença de operação de 10 anos para o ramal ferroviário do S11D. 

Com 101 quilômetros de extensão, o ramal será responsável pelo escoamento do minério produzido na mina, em Canaã dos Carajás (PA), até a Estrada de Ferro Carajás (EFC), em Parauapebas (PA), de onde o produto seguirá para o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

"Os testes com carga estão progredindo com sucesso. Um trem com mais de 110 vagões foi carregado com aproximadamente 300.000 toneladas de ROM (sigla em inglês para run-of-mine, ou produção bruta), que foram acumuladas em estoque", afirmou a empresa.

"A LO (licença de operação) para a mina e planta do S11D é um marco importante para consolidar a posição da Vale como o produtor com menor custo caixa C1 da indústria."

(Por Marta Nogueira e Stephen Eisenhammer; edição de Maria Pia Palermo e Gustavo Bonato)