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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem na semana do Natal

Homem usa máscara contra coronavírus na Times Square, em Nova York, em frente à bandeira dos Estados Unidos (EUA) - Gary Hershorn/Corbis via Getty Images
Homem usa máscara contra coronavírus na Times Square, em Nova York, em frente à bandeira dos Estados Unidos (EUA) Imagem: Gary Hershorn/Corbis via Getty Images

Dan Burns

30/12/2021 10h58Atualizada em 30/12/2021 12h43

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira, dados que ainda não mostraram impacto no emprego da alta de infecções por coronavírus nos Estados Unidos para uma máxima recorde.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 198 mil, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 25 de dezembro, ante 206 mil na semana anterior em leitura revisada. Mais cedo neste mês, as solicitações recuaram a um patamar visto pela última vez em 1969.

Economistas consultados pela Reuters previam 208 mil solicitações para a última semana. Os pedidos caíram ante um recorde de 6,149 milhões registrado em abril de 2020.

Os pedidos geralmente sobem durante os meses de clima frio, mas uma escassez aguda de trabalhadores interrompeu esse padrão sazonal, resultando em queda no número de registros, em dado ajustado sazonalmente, nas últimas semanas. Descontando a volatilidade semanal, o mercado de trabalho está se apertando, com a taxa de desemprego em 4,2%, uma mínima em 21 meses.

Havia um recorde de 11 milhões de vagas em aberto no final de outubro. Salários mais altos, conforme empresas lutam por funcionários em meio à escassez de trabalhadores, estão ajudando a sustentar os gastos do consumidor.

A economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no terceiro trimestre, com alta de 2,0% nos gastos do consumidor. As previsões de crescimento para o quarto trimestre chegam a 7,2%. Para o acumulado de 2021, a economia dos EUA deve expandir 5,6%, maior alta desde 1984, segundo pesquisa da Reuters com economistas, após contração de 3,4% em 2020.

Agora surgem questões sobre o quão sustentado esse impulso pode se provar ser em meio à rápida disseminação da variante Ômicron, que tem levado as infecções por Covid-19 de volta a patamares recordes, superando até mesmo a onda esmagadora de casos durante o inverno anterior no país. Além disso, o plano de investimento doméstico de 1,75 trilhão de dólares do governo Biden está paralisado no Senado norte-americano.

Contra essas incertezas, alguns economistas começaram a reduzir suas estimativas de crescimento econômico para o próximo ano.