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Declarações de Tombini derrubam juros futuros

18/02/2014 18h46

Elucubrar em torno de eventuais mensagens cifradas (ou nem tanto) sobre o rumo da política monetária contidas em afirmações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, é uma atividade corriqueira. Os economistas podem até divergir sobre o real significado das declarações de Tombini hoje em entrevista à imprensa estrangeira, mas para o mercado de juros futuros da BM&F, no qual cada ponto percentual de oscilação das taxas vale muito dinheiro, a mensagem foi inequívoca: o BC prepara o terreno para reduzir o ritmo de aperto monetário. Já em trajetória descendente desde o pregão de sexta-feira, quando saiu o IBC-Br decepcionante de dezembro, as taxas dos DIs ligados diretamente às expectativas para o rumo da Selic derreteram hoje na BM&F. Na prática, as tesourarias ratificaram aposta majoritária em alta da Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, no encontro do Copom nos próximos dias 25 e 26. Com mínima de 11,13%, DI janeiro/2015 era negociado a 11,14% (ante 11,22% ontem, após ajustes). Entre os mais curtos, o DI abril/2014 desceu de 10,56% para 10,55%, e o DI julho/2014, de 10,84% para 10,80%. Tombini afirmou, entre outros pontos, que o ciclo de alta da Selic, iniciado em abril do ano passad o, já mostra resultados, uma vez que a inflação acumulada em 12 meses desacelerou para 5,6%. E que o IPCA chegará ao centro da meta (4,5%) nos "próximos trimestres".