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ADRs brasileiros brilham em Wall Street um dia após derrota na Copa

09/07/2014 17h40

Um dia após a derrota massacrante da Seleção Brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo, os principais ADRs (recibos de ações negociados na bolsa de Nova York) brasileiros dispararam nesta quarta-feira em Wall Street. Como a Bovespa ficou fechada devido ao feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, as reações dos investidores ao resultado do jogo e seus possíveis desdobramentos para o mercado brasileiro ficaram concentrados nos ADRs.

O recibo que representa a ação ON da Petrobras avançou 4,63%, para US$ 15,14, seguido pelo ADR de Itaú PN, que marcou alta de 2,89%, a US$ 14,58; e o ADR de Vale ON, que ganhou 1,16%, para US$ 13,93. O índice ADR Brazil Titans, que reúne os 20 papéis brasileiros mais negociados na bolsa americana, subiu 1,24%, para 26.215 pontos.

O diretor executivo e chefe de Pesquisas para Mercados Emergentes das Américas da Nomura Securities, Tony Volpon, afirmou em relatório não esperava que os resultados das partidas pudessem ter um forte impacto nos rumos da eleição presidencial, apesar de muita especulação em torno de como a Copa poderia afetar a votação em outubro.

Para Volpon, o sólido desempenho do Brasil até a semifinal do campeonato e o sentimento otimista que cercou o evento - depois de muita reação contra gastos com os estádios - impulsionou o governo nas últimas pesquisas de opinião. O economista acredita, porém, que este impulso será revertido a partir de agora.

O ex-gestor do fundo Pimco, Mohamed A. El-Erian, afirmou hoje em sua coluna semanal que considera improvável que o mercado afunde por causa da derrota desastrosa do Brasil na Copa. Pelo contrário, "a derrota pode levar a um rali do mercado, conforme os investidores fiquem mais otimistas sobre a possibilidade de reformas econômicas em um novo governo após as eleições".