Dólar tem maior queda desde setembro de 2013 após Copom
O real liderou os ganhos frente ao dólar hoje entre as moedas emergentes um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter surpreendido o mercado e elevado a taxa básica de juros para 11,25%, aumentando a atratividade das operações de carry trade, que busca ganhar com a arbitragem de juros. A medida foi vista como uma sinalização positiva do governo para o mercado, que espera uma mudança na condução da política econômica atual em direção a uma maior austeridade monetária e fiscal.
O dia foi de ajuste das posições dos investidores que estavam com posição comprada em dólar, principalmente os estrangeiros que tinham aumentando o hegde da carteira de investimento antes da eleição, e reduziram suas apostas vislumbrando um cenário de menor pressão da alta da moeda americana.
O dólar comercial caiu 2,42% e fechou a R$ 2,4069, maior queda desde 18 de dezembro de 2013. Já o contrato futuro para novembro recuava 2,29% para R$ 2,407.
A sensação geral dos especialistas é que, com a elevação da Selic sinaliza uma tentativa do governo de recuperar a credibilidade na condução da política macroeconômica. A avaliação é de que o Banco central buscou reancorar as expectativas de inflação, e muitos analistas veem na decisão o início de um ciclo de aperto monetário que pode chegar a levar a taxa Selic para 12,5%.
Apesar da medida ser vista de forma positiva pelo mercado, os analistas destacam que ela é insufici ente para aumentar o fluxo de capital para o Brasil e apontar para uma mudança na percepção dos investidores dadas as incertezas sobre a condução da política econômica e também o cenário incerto sobre a normalização da taxa de juros nos Estados unidos.
Os investidores aguardam agora o anúncio do novo ministro da Fazenda, que poderá sinalizar uma mudança de postura do governo, que vem sendo criticada pela gestão da parte fiscal e maior intervencionismo na economia.
"A medida é consistente com a nossa visão de que o governo deve promover ajustes da política econômica para reverter o quadro de baixo crescimento e inflação alta. Mas seria errado pensar que o aperto da política monetária seria uma solução para essa situação", afirma Flavia Cattan-Naslausky, estrategista de câmbio para América Latina do Royal Bank of Scotland (RBS).
A estrategista do RBS destaca que se o Banco Central não tiver ajuda do governo na parte fiscal, a alta de juros não será suficiente para retomar a confiança do mercado e poderá agravar o quadro de baixo crescimento. "Esse é um primeiro passo na direção certa, mas precisamos ver o que o governo vai fazer."
Nesse cenário a estraegista vê o dólar negociando em uma faixa entre R$ 2,35 e R$ 2,55 nos próximos três meses em um cenário do anúncio de ajustes da política econômica. Porém, se os anúncios vierem inconsistentes e não mostrarem uma tendência de mudança da política fiscal, o câmbio poderá negociar em uma faixa mais alta entre R$ 2,55 e R$ 2,75. O risco segundo Flavia, é que a menor tensão nos mercados após a eleição leve o governo a adiar o anúncio do novo ministro da Fazenda e das medidas de ajuste.
Lá fora, o dólar caiu frente as principais moedas emergentes.
A expansão de 3,5% do PIB americano no terceiro trimestre, ante expectativa de 3,1%, fracassou em dar suporte ao dólar ante outras divisas emergentes, uma vez que boa parte do crescimento foi ditado por gastos do governo e pela exportação, enquanto o consumo pessoal ficou aquém do esperado.
O resultado reforça do comunicado do a visão de a taxa de juros nos Estados Unidos deve permanecer baixa por um período considerável.
O dia foi de ajuste das posições dos investidores que estavam com posição comprada em dólar, principalmente os estrangeiros que tinham aumentando o hegde da carteira de investimento antes da eleição, e reduziram suas apostas vislumbrando um cenário de menor pressão da alta da moeda americana.
O dólar comercial caiu 2,42% e fechou a R$ 2,4069, maior queda desde 18 de dezembro de 2013. Já o contrato futuro para novembro recuava 2,29% para R$ 2,407.
A sensação geral dos especialistas é que, com a elevação da Selic sinaliza uma tentativa do governo de recuperar a credibilidade na condução da política macroeconômica. A avaliação é de que o Banco central buscou reancorar as expectativas de inflação, e muitos analistas veem na decisão o início de um ciclo de aperto monetário que pode chegar a levar a taxa Selic para 12,5%.
Apesar da medida ser vista de forma positiva pelo mercado, os analistas destacam que ela é insufici ente para aumentar o fluxo de capital para o Brasil e apontar para uma mudança na percepção dos investidores dadas as incertezas sobre a condução da política econômica e também o cenário incerto sobre a normalização da taxa de juros nos Estados unidos.
Os investidores aguardam agora o anúncio do novo ministro da Fazenda, que poderá sinalizar uma mudança de postura do governo, que vem sendo criticada pela gestão da parte fiscal e maior intervencionismo na economia.
"A medida é consistente com a nossa visão de que o governo deve promover ajustes da política econômica para reverter o quadro de baixo crescimento e inflação alta. Mas seria errado pensar que o aperto da política monetária seria uma solução para essa situação", afirma Flavia Cattan-Naslausky, estrategista de câmbio para América Latina do Royal Bank of Scotland (RBS).
A estrategista do RBS destaca que se o Banco Central não tiver ajuda do governo na parte fiscal, a alta de juros não será suficiente para retomar a confiança do mercado e poderá agravar o quadro de baixo crescimento. "Esse é um primeiro passo na direção certa, mas precisamos ver o que o governo vai fazer."
Nesse cenário a estraegista vê o dólar negociando em uma faixa entre R$ 2,35 e R$ 2,55 nos próximos três meses em um cenário do anúncio de ajustes da política econômica. Porém, se os anúncios vierem inconsistentes e não mostrarem uma tendência de mudança da política fiscal, o câmbio poderá negociar em uma faixa mais alta entre R$ 2,55 e R$ 2,75. O risco segundo Flavia, é que a menor tensão nos mercados após a eleição leve o governo a adiar o anúncio do novo ministro da Fazenda e das medidas de ajuste.
Lá fora, o dólar caiu frente as principais moedas emergentes.
A expansão de 3,5% do PIB americano no terceiro trimestre, ante expectativa de 3,1%, fracassou em dar suporte ao dólar ante outras divisas emergentes, uma vez que boa parte do crescimento foi ditado por gastos do governo e pela exportação, enquanto o consumo pessoal ficou aquém do esperado.
O resultado reforça do comunicado do a visão de a taxa de juros nos Estados Unidos deve permanecer baixa por um período considerável.
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