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Não há sinais de recuperação dos preços das commodities, diz Godinho

05/01/2015 18h01

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) não prevê a recuperação dos preços das commodities - como soja, milho e minério de ferro - neste ano. A queda nos preços desses produtos foi um dos pontos elencados pelo governo para explicar o déficit de US$ 3,93 bilhões na balança comercial do ano passado.

O aumento na produção mundial de soja e milho ao longo de 2015 deve puxar os preços desses itens para baixo, afirmou o secretário de comércio exterior do Mdic, Daniel Godinho.

Esse mesmo fenômeno deve fazer com que os preços do minério de ferro "se situem abaixo dos níveis praticados em 2014", continuou. "Não há sinais de recuperação dos preços de commodities em 2015."

Outro "desafio" para o comércio exterior do país no ano, como classificou Godinho, é a "incerteza quanto ao desempenho da economia mundial". Ele citou como exemplo a recuperação da União Europeia, "que ainda não empolga"; países como Rússia e Argentina devem continuar em recessão, além da tendência de menor crescimento da China, "o que, sem dúvida, impacta nas perspectivas de comércio internacional no ano".

Entre os pontos destacados como positivos no ano estão o crescimento dos Estados Unidos e a esperada desvalorização do real em relação ao dólar no ano.

Superávit em 2015

O governo espera que a balança comercial brasileira registre um superávit neste ano, mas o Mdic prefere não dar um número de qual será o resultado de 2015.

"Julgamos muito cedo para fazer um exercício numérico", justificou Godinho, que anunciou nesta segunda-feira seguir no cargo durante a gestão de Armando Monteiro, novo ministro da pasta no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Godinho disse ainda que o objetivo do governo é "melhorar o resultado da balança comercial" através do aumento das exportações. Para isso, Monteiro, que tomou o comando do ministério recentemente, vai anunciar medidas para que haja esse aumento. Questionado sobre as ações em estudo e quando serão informadas, o secretário afirmou que não iria se adiantar.

A ideia é "trabalhar intensamente para aumentar as exportações", frisou o secretário.