Juros operam em alta à espera do Copom
Os juros futuros operam em queda firme nesta manhã, ainda refletindo a melhora da visão do mercado sobre o rumo da política fiscal e também influenciados pelo comportamento do dólar, que recua em relação ao real. O movimento é mais claro entre os contratos de longo prazo, o que resulta em uma inclinação mais intensa da curva a termo - demonstração da melhora da percepção de risco.
A diferença entre o DI janeiro/2017 e o DI janeiro/2021 está nesta manhã em -0,56 ponto. No fim da semana passada, esse degrau era de aproximadamente -0,34 ponto. Especialistas acreditam que há espaço para uma melhora adicional desse ajuste da curva. E, para alguns, a comunicação que o Copom fará hoje, após sua reunião, pode ser decisiva para isso.
O sócio-gestor do Banco Modal, Luiz Eduardo Portella, diz que um tom mais "duro", mostrando compromisso com a busca pelo centro da meta de inflação, de 4,5%, pode garantir um apetite extra por parte do investidor. Essa aposta, inclusive, já está ganhando adeptos e é uma das razões para o comportamento dos investidores hoje. "O mercado já comprou o Levy, mas ainda não comprou o Banco Central", diz.
A reafirmação do Copom nesta quarta-feira fará o que for necessário para fazer a inflação convergir para a meta terá potencial, portanto, para promover uma melhora adicional nas expectativas. "O BC tem hoje uma grande oportunidade de quebrar a espinha da inflação, ao indicar que não interromperá seu esforço porque há um ajuste fiscal firme em curso", afirma.
A perspectiva de reajustes de preços administrados - como energia elétrica e combustíveis - pode jogar a inflação de 2015 para cima do teto da meta. E, por isso, muitos analistas defendem que o Banco Central seja firme, elevando o juro para 13%, a fim de combater os efeitos secundários desses aumentos de preços. O contraponto a esse cenário é a fraqueza da atividade econômica, que pode ser intensificada caso haja um racionamento de energia e pelas próprias medidas fiscais adotadas nos últimos dias, que encarecem o crédito, importante motor da demanda. A alta do IOF sobre operações de crédito, aumento do juro cobrado em financiamento imobiliário pela Caixa e o aumento da TJLP são alguns exemplos.
O que o mercado enxerga, de toda forma, é que o Banco Central ainda tem um esforço adicional a fazer no sentido de recuperar sua credibilidade. "Embora o mercado esteja convencido de que a política econômica mudou de rumo, ainda existe um grande ceticismo quando se fala em buscar o centro da meta de inflação", diz um analista. Por isso, ainda que haja ajuste à frente em seu plano de voo, esses profissionais acreditam que o BC terá de manter um discurso firme hoje, que se alinhe ao que vem dizendo e fazendo o Ministério da Fazenda. "Tudo o que o BC não pode fazer hoje é sinalizar, antecipadamente, o fim do ciclo", diz um profissional.
A diferença entre o DI janeiro/2017 e o DI janeiro/2021 está nesta manhã em -0,56 ponto. No fim da semana passada, esse degrau era de aproximadamente -0,34 ponto. Especialistas acreditam que há espaço para uma melhora adicional desse ajuste da curva. E, para alguns, a comunicação que o Copom fará hoje, após sua reunião, pode ser decisiva para isso.
O sócio-gestor do Banco Modal, Luiz Eduardo Portella, diz que um tom mais "duro", mostrando compromisso com a busca pelo centro da meta de inflação, de 4,5%, pode garantir um apetite extra por parte do investidor. Essa aposta, inclusive, já está ganhando adeptos e é uma das razões para o comportamento dos investidores hoje. "O mercado já comprou o Levy, mas ainda não comprou o Banco Central", diz.
A reafirmação do Copom nesta quarta-feira fará o que for necessário para fazer a inflação convergir para a meta terá potencial, portanto, para promover uma melhora adicional nas expectativas. "O BC tem hoje uma grande oportunidade de quebrar a espinha da inflação, ao indicar que não interromperá seu esforço porque há um ajuste fiscal firme em curso", afirma.
A perspectiva de reajustes de preços administrados - como energia elétrica e combustíveis - pode jogar a inflação de 2015 para cima do teto da meta. E, por isso, muitos analistas defendem que o Banco Central seja firme, elevando o juro para 13%, a fim de combater os efeitos secundários desses aumentos de preços. O contraponto a esse cenário é a fraqueza da atividade econômica, que pode ser intensificada caso haja um racionamento de energia e pelas próprias medidas fiscais adotadas nos últimos dias, que encarecem o crédito, importante motor da demanda. A alta do IOF sobre operações de crédito, aumento do juro cobrado em financiamento imobiliário pela Caixa e o aumento da TJLP são alguns exemplos.
O que o mercado enxerga, de toda forma, é que o Banco Central ainda tem um esforço adicional a fazer no sentido de recuperar sua credibilidade. "Embora o mercado esteja convencido de que a política econômica mudou de rumo, ainda existe um grande ceticismo quando se fala em buscar o centro da meta de inflação", diz um analista. Por isso, ainda que haja ajuste à frente em seu plano de voo, esses profissionais acreditam que o BC terá de manter um discurso firme hoje, que se alinhe ao que vem dizendo e fazendo o Ministério da Fazenda. "Tudo o que o BC não pode fazer hoje é sinalizar, antecipadamente, o fim do ciclo", diz um profissional.
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