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Queda de ações da Vale e racionamento de energia enfraquecem Ibovespa

23/01/2015 12h39

O Ibovespa tem uma sexta-feira com tendência negativa. O índice recuava 0,11% às 12h37, cotado em 49.107 pontos. O Goldman Sachs cortou a recomendação para as ações da Vale e Usiminas, além de reduzir os preços-alvo de Gerdau e CSN. Vale PNA cai 2,68%, Vale ON recua 2,24% e CSN perde 2,92%, todas entre os destaques de queda do índice.

Ainda do lado negativo, operadores comentam que pesa a notícia de que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu a possibilidade de o governo adotar racionamento ou outras medidas para tentar reduzir o consumo. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", ele disse que, se o volume de água dos reservatórios das hidrelétricas chegar ao chamado nível "prudencial", de 10%, medidas serão necessárias. Nas elétricas, CPFL Energia (-2,83%), Cemig (-1,53%) e Light (-1,38%).

O analista da Clear Corretora Raphael Figueredo alerta para o fato de o volume estar fraco, somando apenas R$ 1,6 bilhão até as 12h38. "O mercado hoje vive um pouco de ressaca dos fortes movimentos de ontem e anteontem, quando antecipou as medidas do BCE", diz. "Isso explica um pouco porque o volume de giro esta fraco. Os players mostram pouca exposição nessa primeira metade do dia", diz.

Os sinais negativos suplantam os efeitos positivos do anúncio do agressivo programa de compra de títulos de dívida pelo Banco Central Europeu (BCE). Ontem, o BCE superou as expectativas do mercado e lançou um programa de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). A iniciativa foi bem avaliada e, segundo analistas, libera fluxo financeiro para os emergentes. Vale lembrar que, na quarta-feira, o Ibovespa subiu 2,81% na expectativa do pacote.

No setor de telecomunicações, as ações da Oi disparam, com ganho de 7%, reagindo à aprovação da venda de ativos em Portugal pela assembleia de acionistas da Portugal Telecom SGPS. Ontem, as ações da empresa fecharam em alta de 22,12%, a R$ 6,90, diante da expectativa da aprovação da operação, fundamental para capitalização da empresa, que espera ser o polo ativo de um processo de consolidação no setor brasileiro de telecomunicações.