Dólar supera R$ 2,60 após Copom lançar dúvidas sobre aperto monetário
O dólar registra a maior alta em quase duas semanas frente ao real nesta quinta-feira, ganhando mais de 1% e superando com folga a marca de R$ 2,60, com a influência dos ganhos da moeda no exterior sendo turbinada aqui pelo aumento das apostas de que o Banco Central reduza o ritmo de aperto monetário.
O firme ajuste no dólar ocorre porque, segundo analistas, o contraste entre a postura mais severa do BC brasileiro em relação ao viés mais ameno de outros bancos centrais é um dos principais elementos por trás da performance positiva do real neste ano. A divisa brasileira acumula alta de cerca de 2,4% ante o dólar neste mês, a maior dentre uma lista de 34 moedas.
Na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, o colegiado do BC elevou as previsões para a inflação em 2015 no cenário de referência, que seguem acima da meta, e ponderou que os avanços alcançados no combate à alta dos preços ainda não se mostram suficientes. No entanto, o BC retirou a referência de que fará "o que for necessário" para que neste ano a inflação entre em um "longo" período de declínio que a leve à meta de 4,5% em 2016 - o que constava no último Relatório Trimestral de Inflação - e apagou a expressão "especialmente vigilante" do parágrafo que dá diretriz de política monetária.
No todo, a ata não satisfez a expectativa consensual de que pudesse vir mais severo, o que leva operadores a colocar em xeque a perspectiva de que o BC promoverá mais um aumento de 0,50 ponto percentual da Selic no dia 4 de março.
"Minha dúvida é se vale a pena continuar com o ajuste nos juros, uma vez que a inflação atual é claramente de oferta e a economia sofre pressão de contração por todos os lados", diz o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.
Às 10h04, o dólar subia 1,05%, a R$ 2,5976. Na máxima, a cotação alcançou R$ 2,6021, em alta de 1,22%, a maior desde 19 de janeiro, quando chegou a se apreciar 1,35%. No mercado futuro, o dólar para fevereiro ganhava 0,76%, a R$ 2,5985, após máxima de R$ 2,6045.
O firme ajuste no dólar ocorre porque, segundo analistas, o contraste entre a postura mais severa do BC brasileiro em relação ao viés mais ameno de outros bancos centrais é um dos principais elementos por trás da performance positiva do real neste ano. A divisa brasileira acumula alta de cerca de 2,4% ante o dólar neste mês, a maior dentre uma lista de 34 moedas.
Na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, o colegiado do BC elevou as previsões para a inflação em 2015 no cenário de referência, que seguem acima da meta, e ponderou que os avanços alcançados no combate à alta dos preços ainda não se mostram suficientes. No entanto, o BC retirou a referência de que fará "o que for necessário" para que neste ano a inflação entre em um "longo" período de declínio que a leve à meta de 4,5% em 2016 - o que constava no último Relatório Trimestral de Inflação - e apagou a expressão "especialmente vigilante" do parágrafo que dá diretriz de política monetária.
No todo, a ata não satisfez a expectativa consensual de que pudesse vir mais severo, o que leva operadores a colocar em xeque a perspectiva de que o BC promoverá mais um aumento de 0,50 ponto percentual da Selic no dia 4 de março.
"Minha dúvida é se vale a pena continuar com o ajuste nos juros, uma vez que a inflação atual é claramente de oferta e a economia sofre pressão de contração por todos os lados", diz o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.
Às 10h04, o dólar subia 1,05%, a R$ 2,5976. Na máxima, a cotação alcançou R$ 2,6021, em alta de 1,22%, a maior desde 19 de janeiro, quando chegou a se apreciar 1,35%. No mercado futuro, o dólar para fevereiro ganhava 0,76%, a R$ 2,5985, após máxima de R$ 2,6045.
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