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Banco Pan reverte prejuízo e lucra R$ 226,5 milhões no 4º trimestre

10/02/2015 10h05

A venda da Pan Seguros e da Pan Corretora, concluída em dezembro, ajudou o Banco Pan a fechar o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 226,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 182,9 milhões registrado um ano antes. Foi o primeiro período no azul desde o segundo trimestre de 2013. No ano, o lucro líquido foi de R$ 7,8% milhões ante um resultado negativo de 151,7 milhões em 2013.

A empresa de seguros foi adquirida pela BTG Pactual Seguradora, enquanto a corretora ficou com BTG Pactual e Caixa Participações, pelo valor total combinado de R$ 580 milhões, corrigido pela variação da taxa DI. Segundo o balanço divulgado ontem à noite, a operação teve resultado líquido de R$ 231,9 milhões no quarto trimestre.

Também houve influência das cessões de carteira de crédito sem coobrigação, que somaram R$ 2,495 bilhões no último período, ante R$ 1,497 bilhão no quarto trimestre de 2013.

A carteira de empréstimos com resultado retido no balanço, que exclui os créditos cedidos com coobrigação, cresceu 6,9% no trimestre e 15,5% em 12 meses, fechando o ano em R$ 17,536 bilhões.

O avanço mais significativo foi do crédito consignado. O estoque, nesse caso, aumentou 22,5% no trimestre e 124% no ano, chegando a R$ 3,88 bilhões - o correspondente a 22% do portfólio total do Pan.

A carteira de veículos e arrendamento mercantil manteve-se como a mais representativa, com participação de 42%, apesar de ter encolhido 2,9% no quarto trimestre e 10,9% em 2014 como um todo, para R$ 7,38 bilhões. Apenas no último período, foram concedidos R$ 1,916 bilhão em novos empréstimos nessa modalidade, com destaque para operações em concessionárias.

Os empréstimos para empresas tiveram aumento trimestral de 13,7% e anual de 28%, alcançando R$ 4,16 bilhões. A despesa líquida de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 164,7 milhões no quarto trimestre, com queda de 16,3% sobre igual período do ano anterior, apesar do aumento de 2,7% sobre o terceiro trimestre.

Os gastos com pessoal, tributários e outros tiveram aumento de 12,3% em um ano, para R$ 468,3 milhões. "Esse movimento foi influenciado pela incorporação de colaboradores vindos de promotoras, que, em contrapartida, reduziram as despesas de comissões, e também pelo reforço de provisões cíveis e impostos relacionados às receitas de cessão de crédito no trimestre", segundo o Pan.

A margem financeira do banco melhorou, ficando em 14,2% no quarto trimestre de 2014, ante 9,2% do trimestre anterior e 11,6% no mesmo intervalo em 2013. O índice de Basileia também teve incremento, de 5,3 pontos percentuais no ano passado, para 18,7%.