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Bovespa apresenta volatilidade e dólar cai ante real com dado dos EUA

14/07/2015 13h51


Os mercados internacionais têm mais um dia de alívio. Depois do acordo entre Grécia e credores e a relativa estabilização das bolsas da China, a percepção de risco se suavizou.

No Brasil, a Bovespa apresenta volatilidade. O dólar reage ao dado sobre o varejo americano, depois de um começo de pregão hesitante. Os juros registram leves oscilações.

Bolsa

O Ibovespa tem uma sessão volátil, após abrir em baixa, pressionado por ações de mineração e siderurgia, que devolvem parte dos ganhos registrados ontem. Pouco depois das 13h30, o Ibovespa subia 0,35%, somando 53.304,76 pontos.

Gerdau PN declinava 5,83% e Bradespar PN cedia 3,49%. Também tinham baixa Vale ON (-3,62%), Vale PNA (-3,38%) e CSN ON (-0,41%).

A Gerdau informou que seu conselho de administração aprovou a compra de fatias minoritárias na Gerdau Aços Longos, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Especiais e Gerdau América Latina Participações, por um total de R$ 1,986 bilhão, para viabilizar a simplificação e unificar as participações societárias nas companhias operacionais fechadas do Brasil na Gerdau.

O desempenho negativo dos papéis das siderúrgicas também reflete o momento complicado vivido pelo setor, que atravessa a crise mais severa de sua história, segundo o Instituto Aço Brasil.

O preço do minério de ferro voltou a cair hoje na China. A cotação da tonelada negociada no porto de Qingdao recuou 0,48%, a US$ 50,06.

A Vale anunciou ontem que vai reduzir a produção de minério de ferro em 25 milhões de toneladas, mas que manterá a meta de oferta de 340 milhões de toneladas de ferro para 2015.

Outros fatores que ajudaram a travar o Ibovespa hoje foram dúvidas sobre a implementação do acordo fechado com a Grécia, as quedas nas bolsas da China e as vendas no varejo brasileiro, que recuaram 0,9% entre abril e maio, mais que o previsto.

Câmbio

O dólar começou a sessão hesitante, mas passou a operar em baixa frente ao real nesta terça-feira, após a divulgação de dados mais fracos dos Estados Unidos reforçar dúvidas sobre a capacidade da economia americana de sustentar um movimento de alta de juros ainda neste ano.

Pouco depois das 13h30, o dólar comercial caía 0,27%, a R$ 3,1224, depois de registrar mínima de R$ 3,1149, menor patamar desde 3 de julho, quando recuou a R$ 3,1105. O dólar para agosto cedia 0,47%, a R$ 3,1430.

Os números foram divulgados na véspera da sabatina da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Janet Yellen. Na semana passada, ela afirmou que o BC dos EUA deve subir os juros ainda neste ano.

A publicação no Diário Oficial da União (DOU) da criação de dois fundos que fazem parte da reforma do ICMS também repercute nas mesas de operações. Isso porque a criação dos fundos está condicionada a um projeto de lei que estimulará a repatriação de recursos não declarados do exterior. Algumas estimativas indicam que até US$ 100 bilhões poderiam voltar ao país, o que geraria receitas aos cofres do governo de pelo menos R$ 15 bilhões neste ano.

Juros

Os juros futuros oscilam de forma moderada nesta terça-feira, com investidores à espera de novas notícias para montar posições.

Os agentes monitoram ainda declarações do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Segundo o ministro, "não era recomendável" realizar o contingenciamento de R$ 28 bilhões em 2014 diante da deterioração da economia.

Pouco depois das 13h30, o DI janeiro de 2016 tinha taxa de 14,030% ao ano, estável ante o ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 cedia a 13,530%, frente a 13,559% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 caía a 12,570%, contra 12,599% no ajuste de ontem.