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Presidente da Fiesp diz que "fará de tudo" para evitar novos impostos

16/09/2015 14h28

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, esteve no Senado nesta quarta-feira (16). Após reunião com o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu que fará intensa articulação contra a criação de novos impostos, como a CPMF.

"Faremos de tudo ao longo desses próximos dias para não permitir, em hipótese nenhuma, a CPMF ou que seja aprovado qualquer encargo, imposto ou taxa em cima da sociedade brasileira, que já paga muito e tem muito pouco retorno", disse.

Questionado, Skaf não soube apontar que alternativa o governo deveria buscar para obter os R$ 32 bilhões que seriam provenientes da medida. "O orçamento é de R$ 1,2 trilhão. A presidente foi eleita para governar. Não fui eu, nem você", disse. "O governo é corajoso para encaminhar mudanças constitucionais e de lei para criar impostos. Por que não é para reduzir suas despesas?", disse.

Para Skaf, o ajuste fiscal por meio de aumento de impostos vai se transformar numa "miragem". "Você fica enxergando como se tivesse no deserto a água. Quando chega lá, a agua está mais adiante. Isso porque aumentando imposto, aumentando juros, reduzindo crédito, você acaba com a economia. Acabando com a economia, cai a arrecadação. Caindo a arrecadação, abre um novo buraco. Você tapa um buraco e abre um novo. Aí o ajuste fiscal não vai terminar nunca", disse.

Skaf aposta que, mesmo se o governo conseguir aprovar a elevação de impostos, antes do fim do ano vai querer subir mais tributos de novo. "Novos buracos vão continuar aparecendo. O que precisa é gastar menos e gastar bem".

Para o presidente da Fiesp, o pacote de ajuste fiscal, na prática, não reduziu despesas federais. Apenas transferiu a fonte de financiamento dos gastos, que saiu do Orçamento da União para o FGTS e as emendas parlamentares.

"O momento é de o governo reduzir seus desperdícios. O Estado brasileiro ficou grande porque o Brasil é um 'gastão', gasta muito e gasta mal", disse.

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