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Gol fecha pregão em queda de 13,4%, a maior desde julho de 2011

13/10/2015 17h55


As ações da Gol, segunda maior companhia aérea do país, tiveram nesta terça-feira a maior desvalorização na Bovespa desde o dia 29 de julho de 2011. Os papéis fecharam em queda de 13,41%, a R$ 3,81. Em julho de 2011, o papel havia caído 21,6%, a R$ 12,00.

O ativo da companhia aérea registrou forte baixa desde o início do dia, em um pregão dominado pela influência negativa do câmbio. O dólar fechou hoje em alta de 3,59%, a R$ 3,8926.

A Gol tem aproximadamente 55% dos custos atrelados à moeda americana, mas apenas 10% das receitas são em moeda forte, o descasamento mais expressivo entre as aéreas brasileiras, dizem analistas.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa TAM, Gol, Azul e Avianca, a escalada do dólar ante o real inflou os custos das empresas em 24%. A entidade diz que as enmpresas do setor vão queimar cerca de R$ 7 bilhões do caixa neste ano.

Além do câmbio desfavorável, a demanda vem apresentando enfraquecimento. O transporte aéreo doméstico teve retração de 0,4% em agosto, comparada com o mesmo mês de 2014, após uma sequência de 22 meses de crescimento, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As quatro maiores companhias aéreas do país acumularam no primeiro semestre deste ano prejuízo líquido de R$ 1,56 bilhão, quase o triplo da perda apurada em igual período de 2014. E a Gol foi a que teve o resultado negativo mais forte, perdendo R$ 1 bilhão entre janeiro e junho.