Índice de Preços ao Produtor registra alta em setembro

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) da indústria geral subiu 0,47% em setembro, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reverte dois meses de baixa no indicador, que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. Em agosto, o indicador apresentou queda de 0,25% (dado revisado); em setembro de 2015, o IPP havia subido 2,99%. No acumulado do ano até setembro, houve queda de 0,46% e, em 12 meses, alta de 0,52%.

O IPP da indústria extrativa subiu 8,19% em setembro, após alta de 4,15% um mês antes. Já na indústria de transformação, os preços aumentaram 0,24% no mesmo período, após queda de 0,38% em agosto.

Em setembro, 14 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram variações positivas nos preços - em agosto, apenas 11 apresentaram avanço nos custos.

A indústria extrativa teve a maior influência na alta do IPP no nono mês de 2016, com 0,24 ponto percentual. Segundo o IBGE, esta também é a atividade com maior impacto no ano, com 0,34 ponto percentual. "A alta acumulada nos preços das indústrias extrativas em 2016 decorre da retomada da demanda na siderurgia chinesa e também da recuperação dos preços do minério ao longo do ano. Os preços de óleos brutos de petróleo também influenciam positivamente o resultado", afirma o IBGE em nota.

Segunda maior influência do mês, os preços da indústria de alimentos subiram 0,94% e acrescentaram mais 0,20 ponto ao IPP geral.

Na outra ponta, as maiores baixas, entre agosto e setembro, foram observadas em metalurgia (-1,24%) com influência de -0,09 ponto, farmacêutica (-1,07%) e borracha e plástico (-0,83%).

Na separação por grandes categorias econômicas, os preços da indústria de bens de capital avançaram 0,93% em setembro. A taxa de bens intermediários foi de 0,62% no mês, bens de consumo duráveis diminuíram 0,15% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram alta de 0,22% no período.