IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Captações brasileiras totalizam R$ 178,5 bi em 2016, mostra Anbima

09/01/2017 17h06

Os volumes captados por emissores brasileiros nos mercados doméstico e internacional em 2016 atingiram R$ 178,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), divulgados nesta segunda-feira. Não entram na conta debêntures emitidas por empresas de leasing.

O número foi puxado pelas emissões externas de bônus. "Considerando o efeito favorável do câmbio, o resultado sinaliza uma recuperação ainda tímida das ofertas corporativas se comparado aos valores dos últimos 5 anos, mas importante, diante da difícil conjuntura político-econômica do período, que afetou decisões de investimento e de captação dos agentes de mercado", diz a associação em seu relatório mensal.

Dentre os instrumentos utilizados no mercado local no ano, as debêntures continuaram sendo o principal ativo, com R$ 57 bilhões, mas com queda de 11,6% em relação ao ano anterior. Em seguida, ficaram os títulos com lastro imobiliário e agrícola - Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs), respectivamente -, que são isentos de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos para as pessoas físicas.

Ainda em termos de crescimento do volume, as ofertas secundárias de ações tiveram alta de mais de sete vezes sobre o volume ofertado do ano anterior. Porém, foram insuficientes para reverter a queda do total captado no período por conta da retração de 66,1% das ofertas primárias de ações. As emissões de renda variável recuaram, no total, 41,5% em relação a 2015.

Os volumes ofertados pelos demais instrumentos, como notas promissórias e fundos de recebíveis (FIDCs), caíram pelo segundo ano consecutivo.

"O mês de dezembro foi determinante para o fechamento positivo no total das captações no mercado de capitais em 2016 ao registrar o maior volume ofertado no ano, de R$ 21,6 bilhões. O resultado foi influenciado pelas emissões de CRI no período, que atingiram R$ 7,7 bilhões, 36% do total captado no mês, e reverteu o panorama até então negativo para as captações domésticas de renda fixa no ano", que contrastava com o bom desempenho das emissões no mercado internacional em 2016, diz a instituição.