Lagarta 'comilona' põe lavouras no oeste da Bahia em estado de emergência
Contra os prejuízos causados pela lagarta Helicoverpa armigera, o Ministério da Agricultura decretou estado de emergência no oeste baiano, nesta segunda-feira (4).
Na safra passada a praga provocou prejuízos estimados em R$ 2 bilhões em lavouras de algodão na região. Além disso, ela também ataca plantações de milho e soja.
O prazo de vigência do decreto será de um ano. Na prática, significa que o governo do Estado da Bahia terá autoridade para delimitar a área de atuação no período emergencial e adotar as ações de controle à lagarta, que serão publicadas no Diário Oficial ainda esta semana – por meio de um plano de contenção da praga e adoção de medidas de manejo.
Não será concedida, no entanto, a autorização para uso de agrotóxicos que causem graves danos ao meio ambiente ou que provoquem riscos à saúde pública.
Na semana passada, a Bahia aprovou também um plano estadual de manejo da helicoverpa. O grupo formado por produtores, pesquisadores e representantes do governo definirá as estratégias para as ações de campo, que devem ser iniciadas a partir de 18 de novembro.
"Vamos fazer reuniões com os produtores nas comunidades para falar sobre a situação da helicoverpa no Estado, apresentar o Programa Fitossanitário e explicar a importância de colocá-lo em prática e seguir em frente", disse Júlio Cézar Busato, presidente da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), em nota.
O programa de controle da helicoverpa na Bahia está orçado em R$ 6,3 milhões e deverá ser custeado com recursos de produtores rurais, empresas privadas e do governo do Estado.
As ações serão coordenadas pela Aiba e pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão, e utilizarão a estrutura do Programa de Monitoramento e Controle do Bicudo que, hoje, fiscaliza mais de 500 mil hectares e 69 algodoeiras no oeste da Bahia. A iniciativa será coordenada por um agrônomo e terá, inicialmente, oito técnicos realizando o trabalho de campo.
(Com informações do Valor)
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