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Kassab é contra correligionário assumir liderança no governo Bolsonaro

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Fundador e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab já avisou que é contrário ao convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para que Alexandre Silveira, presidente do PSD de Minas, aceite a liderança do governo no Senado.
Segundo apurou a coluna, Kassab gostaria de manter a "posição de independência" e não gostaria de ficar vinculado ao governo Bolsonaro já no início do ano.
Além disso, o ex-prefeito e ex-ministro no governo de Michel Temer, ainda não quer desistir completamente da pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Isso também o faz evitar alianças precoces.
E a PEC para baixar preços?
Silveira deve assumir uma vaga no Senado nos primeiros dias de fevereiro, com a volta do recesso parlamentar. O senador Antonio Anastasia tomará posse no TCU (Tribunal de Contas da União) no dia 3 de fevereiro e Silveira, como seu atual suplente, assumirá a cadeira.
Mesmo com o imbróglio com o PSD a respeito da liderança, Silveira está diretamente envolvido com a elaboração da PEC que pretende baixar o preço dos combustíveis e da conta de luz. Há alguns meses tem mantido boa interlocução com ministros do governo Bolsonaro, o que o cacifou para assumir a liderança do governo.
No dia que confirmou o convite de Bolsonaro, Silveira teve a cautela de dizer que ainda aguardaria assumir o cargo de senador para tomar uma decisão.
A aposta mais alta hoje, no PSD e no governo, é de que Silveira abrirá mão da liderança, mas manterá a ideia da apresentar a PEC em nome do governo no Senado. No partido, a ideia de que ele abandone a legenda para subir em um palanque de Bolsonaro hoje é apontada como "muito remota".
Apesar disso, como a discussão sobre os preços dos combustíveis e da luz devem dominar o debate na volta do recesso, Silveira não quer desperdiçar o protagonismo e quer continuar na elaboração do texto, já que também tem pretensões políticas.
Aceno a Lula?
A versão de Kassab para manter a suposta candidatura de Pacheco à Presidência já é vista nos bastidores como um aceno de Kassab ao ex-presidente Lula, que tem tentado buscar aliança com o PSD.
Por enquanto, a estratégia de Kassab deve ser de manter o silêncio e aguardar uma decisão por parte de Silveira para se posicionar.
O ex-ministro testou positivo para covid recentemente, chegou a ser hospitalizado, mas já voltou às articulações políticas. Nos próximos dias o PSD deve se reunir para deliberar sobre a situação de Silveira e sobre os rumos do partido em outubro.
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