Programa de Lula cita 'emergência climática' e promete reduzir desmatamento

"A emergência climática se impõe e a ciência não deixa margem para dúvida: o aquecimento global é inequívoco e seus resultados catastróficos. Os custos de não enfrentarmos o problema climático são inaceitáveis, com projeções de forte redução do PIB, perdas expressivas na produção nacional no médio prazo, e principalmente o sofrimento humano, somado às constantes tragédias ambientais", diz trecho do documento, o qual a coluna teve acesso.

O texto fala ainda que é compromisso da pré-campanha o cumprimento das metas de redução de emissão de carbono que o Brasil assumiu na Conferência de 2015 em Paris "e ir além, garantindo a transição energética". "A mudança das atividades produtivas para um padrão ambientalmente sustentável; a recuperação de terras degradadas por atividades predatórias; reflorestamento das áreas devastadas; e um amplo processo de preservação da biodiversidade e dos biomas."

Defesa da Amazônia

No documento, que está sendo batizado de Programa de Reconstrução do Brasil, há mais de 90 sugestões, boa parte ligadas a temas econômicos.

Segundo apurou a coluna, entretanto, há a intenção de explorar de forma intensa os chamados temas ambientais, como a Amazônia.

No texto, a pré-campanha de Lula diz que é "imperativo defender a Amazônia da política de devastação posta em prática pelo atual governo" e cita que nos governos petistas o desmatamento da Amazônia foi reduzido em quase 80%.

"Já nos comprometemos com o futuro do planeta, sem qualquer obrigação legal, e faremos novamente. Combateremos o crime ambiental promovido por milícias, grileiros, madeireiros e qualquer 16 organização econômica que aja ao arrepio da lei", diz o documento.

"O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta. É nosso dever conservar o cerrado, a mata atlântica, a caatinga, o pantanal e os outros biomas atualmente em risco por um modelo predatório de exploração e produção e pela total omissão do atual governo", afirma o texto.

Conforme mostrou a coluna, o PT e os partidos aliados lançarão uma plataforma digital nos próximos dias para receber contribuições ao programa.