Moody's eleva rating de empresas brasileiras; confira outros destaques

• Campos Neto diz que juros mais baixos dependem de ajuste
• Moody's eleva rating de empresas brasileiras após upgrade do Brasil
• Tesouro Nacional apresenta resultado da dívida pública de agosto
• Mercado de trabalho dos EUA: pedidos de seguro-desemprego

Campos Neto diz que juros mais baixos dependem de ajuste

• O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou ontem, durante evento, que é difícil considerar a redução da taxa de juros sem uma melhora clara na trajetória da dívida pública.
• Ele destacou que a economia brasileira está operando acima de seu potencial, com crescimento sólido, crédito forte e desemprego em níveis baixos -- fatores que exigem uma postura cautelosa do BC.
• Segundo Campos Neto, para que o país possa trabalhar com juros mais baixos no futuro, o governo precisa promover um "choque positivo" nas expectativas fiscais.
• Ou seja, é necessário um movimento consistente que sinalize ao mercado um compromisso maior com o equilíbrio das contas públicas, o que ajudaria a reduzir as pressões inflacionárias e abrir espaço para um corte mais seguro nos juros.

• Após melhorar a nota de crédito soberano do Brasil, a agência de classificação de risco Moody's aumentou o rating de diversas empresas brasileiras.
• Petrobras, Vale, Gerdau e Ambev tiveram suas notas revisadas; o anúncio foi feito ontem (2).
• Segundo a Moody's, apesar do avanço no rating, a qualidade de crédito dessas empresas continua parcialmente vinculada ao risco soberano brasileiro.

• O Tesouro Nacional divulgará hoje, às 9h30, o Relatório Mensal da Dívida (RMD) referente ao mês de agosto, seguido de uma entrevista coletiva com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.
• Os números chegam em meio a um cenário de ajuste fiscal, depois de um déficit primário de R$ 9,3 bilhões em julho, que foi 75,3% menor em termos reais comparado ao registrado no mesmo mês de 2023.
• O RMD de agosto será analisado com atenção, especialmente no contexto de estratégias de controle de gastos e busca por novas fontes de arrecadação.

• Hoje, o foco dos investidores nos Estados Unidos estará nos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego, que devem atingir 220 mil, segundo estimativas.
• Os números são importantes para entender o momento atual do mercado de trabalho americano, especialmente após o relatório ADP de ontem ter superado as expectativas, sugerindo que o emprego ainda está se mantendo resiliente.
• Amanhã, o governo americano divulgará o payroll, relatório mais aguardado da semana.
• Sinais de uma desaceleração no ritmo de geração de empregos podem reforçar as expectativas de que o Federal Reserve seguirá com cortes de juros.

• Dólar: -0,35%, a R$ 5,4448.
• B3 (Ibovespa): 0,77%, aos 133.514,94 pontos.