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Biotônico do sexo: bagagem bizarra tem 160 kg de barbatana de tubarão em SP

A equipe do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no aeroporto de Guarulhos (SP) apreendeu uma carga de 160 kg de barbatanas de tubarão.

O passageiro, um chinês residente no Brasil, tentou embarcar em um voo para Hong Kong com as partes do animal sem autorização legal. As barbatanas seriam usadas para fins sexuais.

O que aconteceu?

A apreensão foi feita durante o check-in. Policiais federais suspeitaram do forte odor partindo da bagagem do passageiro e o encaminharam para a delegacia. O caso foi registrado no mês de julho.

Com a suspeita, o Ibama foi acionado. O órgão autuou o passageiro e aplicou uma multa com base na Lei de crimes ambientais.

Teste de DNA deverá identificar se espécies são ameaçadas de extinção. Caso alguma das barbatanas pertença a algum exemplar em perigo de ser extinto, novas sanções poderão ser aplicadas.

Uso comum para fins sexuais

Passageiro disse que produto seria para consumo próprio e de amigos. Parte do animal é comumente utilizado na preparação de receitas e, segundo as tradições, aumenta o apetite sexual de quem as ingere.

Produto é considerado um estimulante do desejo sexual. Além dessa finalidade, a sopa das barbatanas de tubarão é considerada na Ásia como retardante do envelhecimento, melhoradora do apetite, além de ajudar na memória.

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Prática predatória é proibida

A caça de tubarão para retirada de barbatanas põe em risco diversas espécies. Um quilo do item pode chegar a custar US$ 1.000 (R$ 5.124 na cotação atual).

Hong Kong concentra tráfico ilegal das partes do animal. Após terem suas barbatanas retiradas, os tubarões morrem na maioria das vezes.

Em junho, Ibama realizou apreensão recorde em Santa Catarina. Naquele momento, foram encontradas 27,6 toneladas da iguaria em uma empresa daquele estado.

Estima-se que 10 mil tubarões foram mortos para completar o carregamento. As principais espécies afetadas foram as de tubarões azuis (Prionace glauca) e mako (Isurus oxyrinchus), de acordo com o órgão federal.

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