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Bolsa sobe 1,15% e passa dos 70 mil pontos pela primeira vez desde abril

Da Redação, em São Paulo

01/10/2010 17h47Atualizada em 01/10/2010 17h47

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 1,15%, aos 70.229,35 pontos, nesta sexta-feira (1º). Com isso, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) fechou acima dos 70 mil pontos pela primeira vez desde o dia 15 de abril.

O giro do pregão foi de 7,56 bilhões de reais. No acumulado da semana, a Bolsa registrou alta de 2,98%. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,39%.

AÇÕES DO IBOVESPA HOJE

Vale PN 0,97%
Vale ON 0,96%
Petrobras PN 0,77%
Petrobras ON 0,66%
Maior alta: CCR Rodovias ON
5,57%
Maior queda: Telemar PN
-1,49%

A cotação do dólar comercial voltou a registrar o menor valor dos últimos dois anos. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,65%, a R$ 1,681 na venda. Com isso, o dólar atingiu a menor cotação desde o dia 3 de setembro de 2008, quando fechou a R$ 1,678, antes do início crise financeira global.

A maior contribuição individual para o índice coube à Vale (VALE5), com alta de 0,97% das ações preferenciais (que possuem preferência na hora de receber dividendos, mas não têm voto), a R$ 46,75, no décimo dia de valorização. No período, a ação subiu 11,8%.

A divulgação de dados robustos sobre a atividade manufatureira da China aumentou o otimismo sobre os preços do minério de ferro.

"Foi o segundo mês consecutivo de alta acima do esperado. Consequentemente, isso tem impacto nas commodities", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW, à agência de notícias Reuters.

Além disso, a mineradora tem sido beneficiada pelos planos de recompra de até US$ 2 bilhões em ações, anunciados na semana passada, e pelo pagamento iminente de dividendos.

Outras ações ligadas a commodities também subiram: a mineradora MMX (MMXM3) avançou 1,09%, a R$ 12,97, e a Petrobras preferencial (PETR4) teve alta de 0,77%, a R$ 27,50.

Em termos percentuais, o destaque ficou para ações ligadas ao consumo interno. O papel que mais subiu dentro do índice foi a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) (CCRO3), com avanço de 5,57%, a R$ 46,08.

A companhia aérea Gol (GOLL4) subiu 4,59%, a R$ 27,14, e a construtora MRV (MRVE3) teve alta de 4,3%, a R$ 16,75.

Outra construtora, a Gafisa (GFSA3), teve valorização de 3,45%, a R$ 13,50. Investidores disputaram 13,2 milhões de ações da empresa colocadas à venda no início do pregão, ou 3,05% do capital ordinário (com direito a voto).

Outros destaques

O setor bancário também teve desempenho positivo, com alta de 2,63% do Santander (SANB11), a R$ 23,40, de 1,84% do Banco do Brasil (BBAS3), a R$ 32,72, e de 1,15% do Bradesco (BBDC4), aos R$ 34,31.

"Entre as blue chips [ações mais negociadas], as do setor financeiro são as que nos oferecem mais conforto no momento. A combinação positiva de uma economia doméstica aquecida por um forte mercado de trabalho, crescimento da renda e do crédito, e tendência de declínio na inadimplência cria um bom momentum para o setor", escreveram analistas do Itaú Unibanco, em relatório recomendando investimento no Bradesco.

No lado negativo, as ações preferenciais da Oi (TNLP4) tiveram a maior queda do Ibovespa, de 1,49%, a R$ 23,84. Analistas apontam que a empresa ainda deve sofrer com pendências como a permuta de ações com acionistas da Brasil Telecom (BRTP4).

Fora do índice, as ações da Estácio Participações (ESTC3), um dos maiores grupos educacionais do país, dispararam 12,16%, a R$ 21,77. A empresa movimentou R$ 685,6 milhões em oferta primária e secundária de ações, com preço de R$ 19 por papel.
 

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores europeias caíram nesta sexta-feira pelo quinto dia seguido, após dados mostrarem que o crescimento do setor manufatureiro dos Estados Unidos desacelerou em setembro e por tensões antes da temporada de resultados corporativos.

As Bolsas de Valores da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira, após a divulgação de dados macroeconômicos mais fortes que o que esperado na China e Estados Unidos e que ajudaram a incrementar a confiança na recuperação econômica global.

(Com informações da Reuters)