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Bolsa sobe 1,28% e passa dos 71 mil pontos pela primeira vez desde abril

Da Redação, em São Paulo

05/10/2010 17h46Atualizada em 05/10/2010 17h46

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta de 1,28%, aos 71.283,11 pontos, nesta terça-feira (5). Foi a primeira vez que Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) fechou acima dos 71 mil pontos desde o dia 14 de abril.

O giro financeiro do pregão foi de R$ 8,475 bilhões. Este foi o sétimo pregão seguido que o índice não registra baixa. No período, foram seis altas e um fechamento estável (variação zero). No ano, a Bolsa acumula alta de 3,93%.

AÇÕES DO IBOVESPA HOJE

Vale PN 1,24%
Vale ON 1,27%
Petrobras PN -1,46%
Petrobras ON -0,56%
Maior alta: Lojas Americanas PN
5,77%
Maior queda: CSN ON
-1,84%

A cotação do dólar comercial fechou em queda de 1%, a R$ 1,675 na venda, mesmo após o governo elevar o imposto sobre investimento externo em renda fixa.

Esta é a menor cotação da moeda norte americana desde o dia 2 de setembro de 2008, quando valia R$ 1,663. No ano, o dólar tem desvalorização de 3,90%

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 1,8%.

A escalada das Bolsas aconteceu por causa do corte dos juros no Japão a uma faixa entre zero e 0,1%.

A decisão aumenta a disponibilidade de moeda no mundo e reforça a expectativa do mercado por um alívio monetário semelhante nos EUA na próxima reunião do Federal Reserve (o banco central norte-americano), em novembro.

“Está sobrando dinheiro”, disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, à agência de notícias Reuters. “(O Banco Central japonês) é mais um que se junta ao estímulo monetário adicional, dando um gás para sustentar a economia. O apetite por risco está sustentando a alta em Bolsa”, completou.

Nesse cenário, ações ligadas a matérias-primas se beneficiaram, como a mineradora MMX (MMXM3), do Eike Batista, com ganho de 3,04%, a R$ 13,20, e a ação preferencial (que possui preferência na hora de receber dividendos, mas não tem direito a voto) da Vale (VALE5), com variação de 1,24%, a R$ 47,34.

Os papéis que mais subiram, no entanto, são ligadas à dinâmica interna, como consumo e eletricidade. A maior alta percentual coube à Lojas Americanas (LAME4), com variação de 5,77%, a R$ 16,49. O papel preferencial da Eletrobras (ELET6) subiu 4,03%, a R$ 27,10.

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Outra ação com ganho expressivo foi o papel preferencial da Oi (TNLP4), a R$ 24,69, com variação de 4%. O presidente do conselho da Telemar Participações afirmou nesta terça-feira que os fundos participantes da Oi venderão em até 30 dias participação proporcional de modo a permitir que a Portugal Telecom tenha 10% do grupo.

Ações ligadas à construção civil também se destacaram após a PDG Realty (PDGR3) anunciar crescimento de 39% das vendas contratadas no terceiro trimestre. A empresa teve alta de 3,28%, a R$ 21,70.

As ações da BM&FBovespa (BVMF3), que estreou neste pregão os recibos de ações negociadas em Wall Street, tiveram alta de 3,62%, a R$ 14,60.

No lado negativo, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 1,46%, a R$ 26,98. Em relatório na segunda-feira, a Itaú Corretora reduziu em 29% o preço-alvo dos papéis, a R$ 38,20.

A mesma corretora também recomendou a venda de ações da CSN (CSNA3) em uma operação casada com a compra de Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), citando uma possível revisão de lucros e o risco associado a fusões e aquisições.

A ação da CSN teve a maior queda percentual do Ibovespa, 1,84%, a R$ 28,88, enquanto Gerdau caiu 0,27%, a R$ 22,54, e Usiminas subiu 0,89% em suas ações preferenciais, a R$ 22,60.

Bolsas internacionais

O índice das principais ações europeias subiu, após dados positivos sobre o setor de serviços dos Estados Unidos e o afrouxamento da política monetária no Japão.

Em Londres, a Bolsa fechou em alta de 1,44%. Em Paris, o ganho foi de 2,25% e mm Madri, de 2,58%.

As principais Bolsas asiáticas fecharam em rumos opostos, com a Bolsa do Japão subindo após uma medida inesperada do banco central. O iene caiu e futuros de títulos do governo avançaram depois que o Banco do Japão cortou sua taxa básica de juro e prometeu mantê-la em zero até que os preços fiquem estáveis.

(Com informações de Reuters e Valor)