Ações da American Airlines desabam quase 84% após pedido de "concordata"
As ações da companhia aérea americana American Airlines desabaram na Bolsa dos EUA após a sua matriz, AMR, entrar nesta terça-feira (29) com pedido de proteção contra falência nos EUA. O pedido de proteção contra falência é similar à recuperação judicial nos termos brasileiros --a antiga concordata.
As ações da empresa fecharam em queda de 83,95%, sendo negociadas a US$ 0,26. A empresa disse que vai manter as suas operações normalmente, inclusive no Brasil.
Sócia da espanhola Ibéria na aliança OneWorld, a companhia indicou em comunicado que declarou em moratória no tribunal de Manhattan para reestruturar sua elevada dívida e ganhar em competitividade.
A American Airlines, com presença em mais de 50 países, faz uso do capítulo 11 da legislação americana que regula os processos de falência e permite manter as operações normais do negócio.
O aumento dos custos trabalhistas e do preço do combustível elevou a dívida da companhia aérea, que teve perdas de US$ 162 milhões no terceiro trimestre deste ano.
Os ativos da companhia estão avaliados em US$ 24,7 bilhões, frente ao passivo de US$ 29,5 bilhões.
A reestruturação da American Airlines, que tem 78 mil empregados, inclui a nomeação de um novo executivo-chefe, Thomas Horton, presidente desde julho e antigo diretor financeiro.
"Tenho certeza que a American emergirá mais forte como um líder mundial conhecido por sua excelência e inovação", ressaltou Horton no comunicado.
Operação no Brasil não será prejudicada, diz companhia
O pedido de "concordata" não irá afetar as operações no Brasil, segundo comunicado divulgado pela companhia. Na nota, a American Airlines informa que a situação não terá impacto jurídico nas operações no Brasil e que a empresa continuará a prestar o serviço de transporte aéreo normalmente.
“A American Airlines está operando seus voos dentro da programação, honrando suas passagens e reservas como de costume e, também, executando reembolsos e trocas normalmente. O programa de fidelidade AAdvantage não será afetado”, diz o texto do comunicado.
A empresa informa ainda que continua fazendo parte da aliança Oneworld e mantém todas as parcerias de compartilhamento de voos, “possibilitando aos seus clientes ganhar e resgatar suas milhas em opções convenientes de voos no mundo todo”.
(Com informações da Reuters e da Agência Brasil)
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