Bovespa sobe impulsionada por Gafisa e ganha 3,5% na semana; dólar cai a R$ 2,0137
A Bovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (10) em alta, com resultados corporativos de empresas brasileiras impulsionando as ações e anulando os efeitos negativos de dados abaixo do esperado vindos da China. As ações da Gafisa (GFSA3.SA), por exemplo, subiram mais de 15% após a construtora divulgar resultados considerados positivos pelo mercado.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, fechou em alta de 0,82%, aos 59.280,93 pontos. O giro financeiro deste pregão foi de R$ 6,26 bilhões. Na semana, a Bovespa registrou ganho de 3,54%. Em agosto, a Bolsa acumula alta de 5,68% e no ano, de 4,45%. Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa.
O dólar registrou leve queda ante o real pela quarta sessão seguida, em uma semana marcada por fraco volume de negociações e pouca instabilidade, com investidores ainda à espera de que bancos centrais possam tomar medidas de estímulo econômico após indicadores negativos.
A cotação do dólar comercial fechou em baixa de 0,14%, a R$ 2,0137 na venda. É o menor valor desde 2 de julho, quando fechou a R$ 1,987. Na semana, o dólar comercial registrou desvalorização de 0,70%. Em agosto, acumula baixa de 1,72% e no ano, alta de 7,77%.
Ações de destaque na Bovespa
A maior influencia positiva nesta sexta-feira veio das ações da Gafisa (GFSA3.SA), com alta de 15,43%, a R$ 3,59, após a empresa informar que fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 1 milhão, revertendo prejuízo de R$ 31,8 milhões no mesmo período do ano passado.
A ação da Lojas Renner (LREN3.SA) também se valorizou, em 3,87%, a R$ 65,45, um dia após a varejista divulgar crescimento de 14,2% na receita líquida do segundo trimestre, apesar do cenário desafiador para o consumo.
As ações preferenciais de Vale (VALE5.SA) e Petrobras (PETR4.SA) também registraram ganhos. A mineradora subiu 0,29%, a R$ 37,66, enquanto a petrolífera teve alta de 0,33%, a R$ 21,07.
Na outra ponta, a Rossi Residencial (RSID3.SA) respondeu pela maior queda do Ibovespa ao cair 4,18%, a R$ 5,50.
Fora do índice, o destaque ficou com BTG Pactual (BBTG11.SA), que subiu 4,31%, a R$ 31,24. O banco comandado por André Esteves teve lucro líquido de R$ 822 milhões no segundo trimestre, mais que o dobro em relação ao ganho de R$ 310 milhões obtido um ano antes.
Instabilidade na Bolsa deve continuar
O Ibovespa conseguiu manter o comportamento positivo apesar dos dados da China, que divulgou alta de apenas 1% em suas exportações em julho sobre o ano anterior. Além disso, os novos empréstimos atingiram a mínima em 10 meses.
"Os indicadores vieram ruins, mas o mercado espera que a China dê alguma indicação de que vai incentivar a economia", afirmou o operador Sandro Fernandes, da Geraldo Correa Corretora de Valores, em Minas Gerais.
Apesar dos ganhos desta semana e das expectativas dos investidores por medidas tanto na China quanto na Europa, Fernandes ressaltou que a tendência ainda é de instabilidade. "(A Bovespa) pode se segurar nos 59.500 pontos, mas depende de vários fatores", disse.
Bolsas internacionais
As ações europeias caíram nesta sexta-feira com dados macroeconômicos da China levando investidores a tomar fôlego depois de uma alta de duas semanas.
Apesar da queda no dia, o indicador conseguiu acumular ganho de 1,8% na semana, a décima seguida em terreno positivo, na maior série de avanços semanais em sete anos para o indicador.
O indicador de instabilidade Euro STOXX 50, principal medidor da ansiedade dos investidores no mercado de capitais europeu, caiu 2,52%, para uma mínima em três semanas, ficando abaixo do patamar de 23 pontos, refletindo uma recuperação no apetite por ativos de risco, como ações, e enviando um sinal mais otimista aos mercados.
As ações asiáticas interromperam quatro dias de alta nesta sexta-feira (10) e ampliaram as perdas também depois dos dados comerciais de julho da China virem abaixo das expectativas, provocando dúvidas sobre se a economia global recuperará a força em breve.
As exportações chinesas cresceram apenas 1% em julho ante o mesmo período do ano passado, resultado muito mais fraco do que as expectativas de aumento de 8,6%, enquanto as importações cresceram 4,7%, também abaixo da estimativa de 7,2%.
O índice Nikkei do Japão recuou 0,97%. Em Cingapura, as ações tiveram ligeira alta de 0,06%, enquanto a Bolsa de Taiwan avançou 0,1% e o índice referencial de Xangai perdeu 0,24%.
(Com informações da Reuters)
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