Ação da Petrobras dispara 10,5% e leva Bolsa à maior alta em mais de 3 anos

Do UOL, em São Paulo

13/10/201417h42 > Atualizada 13/10/201419h03

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 4,78% nesta segunda-feira (13), aos 57.956,53 pontos. É a maior alta percentual diária desde 9 de agosto de 2011, quando a Bolsa subiu 5,1%. A Bovespa encerrou a semana passada com ganhos de 1,42%.

As ações preferenciais da Petrobras (com prioridade na distribuição de dividendos) --as mais negociadas desta sessão-- saltaram 10,5%.

Também puxaram a alta da Bolsa no dia as ações das estatais Banco do Brasil e Eletrobras, além dos papéis dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco. As cinco empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

As empresas controladas pelo governo têm sido fortemente influenciadas pelo cenário eleitoral. Pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República têm gerado um grande sobe e desce das ações.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 1,27%, cotado a R$ 2,393 na venda, após duas altas seguidas. A moeda encerrou a semana passada com perdas de 1,55%.

Mais sobre Bolsa e dólar

Estatais e bancos puxam alta da Bolsa

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 10,54%, a R$ 22,13. As ordinárias (PETR3), com direito a voto, subiram 9,96%, a R$ 20,75.

O Banco do Brasil (BBAS3) teve alta de 10,86%, a R$ 33,48. Os papéis preferenciais da Eletrobras (ELET6) ganharam 7,43%, a R$ 10,55.

O Bradesco (BBDC4) teve valorização de 7,82%, a R$ 39,16. As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram 7,56%, a R$ 38.

Cenário eleitoral

Pesquisa do Instituto Sensus divulgada no fim de semana mostrou o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, com 58,8% dos votos válidos, contra 41,2% da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

Novos levantamentos do Datafolha e do Ibope, mais acompanhados pelo mercado, devem ser divulgados nesta semana.

Operadores e analistas do mercado têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo, e perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na Bolsa nos últimos meses e vice-versa, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O mercado também repercutiu o anúncio, nesse fim de semana, do apoio formal de Marina Silva (PSB), terceira candidata mais votada no primeiro turno das eleições presidenciais, a Aécio Neves.

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta, com exceção da Itália, que teve perdas de 0,32%. O mercado de ações da Inglaterra avançou 0,41%, o da Espanha registrou ganhos de 0,36%, e o da Alemanha subiu 0,27%. A Bolsa de Portugal encerrou em alta de 0,25%, e a da França teve valorização de 0,12%.

Na Ásia e no Pacífico, as Bolsas encerram em queda, com exceção de Hong Kong, que subiu 0,24%. O mercado de ações de Taiwan perdeu 2,84%, o de Seul, na Coreia do Sul, recuou 0,71, e o de Cingapura caiu 0,67%.

A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou em baixa de 0,63%, e a de Xangai, na China, teve perdas de 0,36%. A Bolsa japonesa ficou fechada devido a um feriado.

(Com Reuters)