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Juro do cheque especial e do rotativo cai, mas ainda passa de 270% ao ano

Do UOL, em São Paulo

29/08/2018 11h16

Os juros do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial caíram de junho para julho e também em relação a julho de 2017, mas ainda continuam num patamar elevado, acima de 270% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em seu menor patamar histórico, a 6,5% ao ano.

Em média, os juros do rotativo passaram de 291,8% ao ano, em junho, para 271,4% ao ano, em julho. Em julho de 2017, a taxa média era de 393,6% ao ano. 

No cheque especial, os juros caíram de 304,9% ao ano, em junho, para 303,2% ao ano, em julho. No mesmo mês do ano passado, era de 321,3% ao ano. 

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Leia também:

Confira a variação das modalidades de crédito:

  • Rotativo do cartão de crédito: de 291,8% ao ano em junho para 271,4% ao ano em julho
  • Cartão de crédito parcelado: de 168,1% ao ano em junho para 167,1% ao ano em julho
  • Cheque especial: de 304,9% ao ano em junho para 303,2% em julho
  • Crédito pessoal não-consignado: de 114,7% ao ano em junho para 118,5% em julho
  • Crédito pessoal consignado: de 25% ao ano em junho para 24,9% ao ano em julho
  • Compra de veículos: de 22% ao ano em junho para 22,3% ao ano em julho
  • Financiamento imobiliário: mantida em 8% ao ano em julho

Mudanças no cheque especial

Desde o mês passado, pessoas que usarem mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos devem ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.

A medida foi anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em abril. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.

Novas regras do cartão 

Em relação ao uso do cartão, o consumidor só pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.

Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve. Veja as taxas médias cobradas dos consumidores:

Rotativo do cartão de crédito

  • Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 252,1% ao ano
  • queda na comparação com junho (261,1%)
  • alta em relação a julho de 2017 (223,5%)
  • Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 285,2% ao ano
  • queda na comparação com junho (313,3%)
  • queda em relação a julho de 2017 (495,4%)
  • Média (considera as duas opções acima): 271,4% ao ano
  • queda na comparação com junho (291,8%)
  • queda em relação a julho de 2017 (393,6%)
  • Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 167,1% ao ano
  • queda na comparação com junho (168,1%)
  • alta em relação a julho de 2017 (159,7%)