Dólar em queda: vale a pena comprar agora ou é melhor esperar?

O dólar comercial voltou ao mesmo nível de junho de 2015, perto dos R$ 3. Para quem tem viagem marcada ou planeja viajar para o exterior nos próximos meses, o melhor é aproveitar o momento para comprar a moeda? Ou é melhor esperar por uma queda ainda maior?

O UOL ouviu especialistas para responder a essa dúvida. Confira. 

Vale comprar agora ou aos poucos?

Para o fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil, vale a pena comprar a moeda americana agora. "Compre o máximo que puder, pois assim você consegue otimizar a viagem e tem um desconto bom", diz. Ele acredita, porém, que o dólar não vai ficar menor do que R$ 3. “Não acredito que o dólar vai ser menor do que R$ 3, já que isso complicaria as exportações."

É preciso avaliar o prazo da viagem, na opinião do professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Marcos Antonio de Andrade. "Quem vai viajar nos próximos 30 dias deve comprar agora. Quem tem um prazo um pouco maior, com viagem para abril, por exemplo, pode fazer as compras aos poucos", diz.

"O dólar comercial está testando novos patamares. Acredito que ainda tenha espaço para ceder, mas isso dependerá do Banco Central. Se ele intervier, saberemos que o novo piso do dólar comercial ficará em cerca de R$ 3,10", afirma o professor.

Dólar comercial x dólar turismo

O dólar comercial é utilizado para movimentações financeiras do governo no exterior e empréstimos de brasileiros residentes fora do país, além de ser usado por grandes empresas para a realização de importação e exportação de mercadorias.

O dólar turismo, como sugere o nome, é vendido para os pequenos compradores, que utilizam o dólar para viajar. Ele também é usado na conversão de débitos realizados em moeda estrangeira no cartão de crédito e compra de passagens aéreas, por exemplo.

Dólar alto em outros países

Enquanto no Brasil a moeda norte-americana está em queda, nos outros países a previsão é de alta. A sinalização é de que haverá mais aumento de juros nos Estados Unidos.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em economias onde as taxas são maiores.