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Dólar cai 0,94% e fecha a R$ 3,067, menor valor desde junho de 2015

Do UOL, em São Paulo

15/02/2017 17h08

O dólar comercial fechou esta quarta-feira (15) em queda de 0,94%, cotado a R$ 3,067 na venda. Esta foi a segunda baixa seguida da moeda norte-americana e o menor valor de fechamento desde 18 de junho de 2015, quando terminou o dia valendo R$ 3,059. 

Na véspera, o dólar havia fechado com desvalorização de 0,45%.

A sessão de hoje foi marcada pelo otimismo dos investidores em relação à política no Brasil e por nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

Investidores otimistas

Investidores estavam otimistas em relação ao cenário político brasileiro. Na véspera, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello decidiu manter Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, devolvendo o foro privilegiado ao peemedebista, que já foi citado em delações na operação Lava Jato.

A decisão foi vista pelo mercado como demonstração de força do governo do presidente Michel Temer e que pode facilitar a aprovação de importantes reformas, como a da Previdência e a trabalhista.

Atuação do BC

O Banco Central brasileiro voltou a atuar no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC vendeu 6.000 contratos de swaps tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento de março. 

Segundo operadores, a atuação indicava que o BC não estava preocupado com o nível do dólar, que vem mostrando trajetória de baixa em relação ao real diante das expectativas da entrada de recursos externos no país.

Juros nos EUA

No exterior, investidores continuavam especulando sobre o juros nos Estados Unidos. Na última terça-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Janet Yellen, disse que a taxa de juros pode subir em uma das próximas reuniões do órgão. Ela acrescentou ainda, durante audiência no Senado norte-americano, que adiar aumentos dos juros seria "insensato". 

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em economias onde as taxas são maiores, como a brasileira. Com isso, a tendência seria de alta do dólar por aqui.

(Com Reuters)