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Bolsa acumula alta de 4,50% na semana; dólar fecha tem queda de 1,66%

Eva HAMBACH / AFP
Imagem: Eva HAMBACH / AFP

Do UOL, em São Paulo

05/02/2021 17h23Atualizada em 05/02/2021 19h07

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta hoje (5). O índice subiu 0,82% aos 120.240,26 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 4,50%.

As ações da CSN lideraram os ganhos na Bolsa, com 7,36% de alta. Na outra ponta, os papéis do IRB caíram 2,95%.

Ontem (4), o índice caiu 0,39% aos 119.260,82 pontos. Foi o único dia da semana em que a Bolsa teve queda.

Já o dólar comercial fechou hoje (5) em queda de 1,20% ante o real, cotado a R$ 5,384 na venda. Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 1,66% na comparação com o real.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (4), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,47% ante o real, cotado a R$ 5,449 na venda.

O dólar caiu e a Bolsa subiu apoiados em um relatório de emprego que veio pior do que o esperado nos Estados Unidos e elevou as perspectivas de mais estímulo econômico na maior economia do mundo, enquanto os investidores reagiam a comentários feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.

O mercado de trabalho norte-americano está com dificuldades para se recuperar da crise e eleva as apostas de mais estímulos" no país, explicou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho à Reuters, citando também as perspectivas de juros baixos por mais tempo nos Estados Unidos.

No Brasil, somavam-se à previsão de juros baixos nos Estados Unidos por mais tempo as apostas de aumento da taxa básica de juros (Selic) ainda no primeiro semestre de 2021, disse Rostagno.

Enquanto isso, os investidores também reagiam a comentários de Jair Bolsonaro, que disse em coletiva nesta manhã que negou interferência nas instituições e reforçou que todas as medidas de cunho econômico passam pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro decidiu que vai enviar ao Congresso, na semana que vem, um projeto de lei sugerindo uma "previsibilidade" para o ICMS relacionado a combustíveis. O objetivo seria estimular a cobrança diretamente na saída do produto das refinarias, e não nos postos —o que pode impactar o preço ao consumidor final.

O presidente também descartou interferir na política de preços da Petrobras, o que trouxe alívio aos agentes do mercado que se mostravam preocupados com a situação.

Também hoje (5), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que o governo do presidente da República nunca interferiu em preços ou atos internos da estatal. "Preços de combustíveis são determinados por questões globais", disse.

"Fazer diferente disso, como no passado, foi desastroso. Isso contribui para piorar a percepção de risco do Brasil, que tem reflexo na taxa de juros e na taxa de câmbio", disse à Reuters.

(Com Reuters)