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Dólar cai a R$ 4,888, menor valor em mais de 1 mês; Bolsa emenda 4ª alta

O dólar terminou a segunda-feira (6) em queda de 0,17%, cotado a R$ 4,888 na venda. É o menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 20 de setembro, quando a moeda americana chegou aos R$ 4,88.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), emendou sua quarta alta seguida — esta de 0,23% — e encerrou o dia aos 118.431,25 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Dados dos Estados Unidos reforçam apostas de juros mais controlados. O relatório de emprego (payroll) e o índice de atividade (PMI) do setor de serviços divulgados na sexta (3) vieram abaixo das projeções. Isso alimenta as expectativas de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) não só não vai aumentar os juros básicos como pode começar a reduzi-los a partir de maio de 2024.

Juros estáveis nos EUA tendem a favorecer o real. A perspectiva de que os juros americanos não subam muito motiva o mercado a buscar investimentos que possibilitem retornos maiores — o que beneficia as moedas de países emergentes, como o Brasil.

Mercado ainda acompanhou falas de Haddad em evento do BTG Pactual. O ministro da Fazenda disse hoje que a arrecadação federal não vai aumentar "nem 1%" neste ano, embora acredite que o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 3%. Fernando Haddad ainda afirmou que uma série de "meteoros" do passado, como incentivos fiscais, são os responsáveis pelas dificuldades na receita.

O conjunto de dados [dos EUA] reforça um quadro de desaceleração gradual no mercado de trabalho, compatível com a percepção do Fed [Federal Reserve, o BC americano] comunicada na última reunião de política monetária, o que reduz pressões para altas adicionais de juros.
Trecho de relatório do Bradesco

Ainda temos muita gordura monetária para queimar. Estamos com uma taxa [Selic] ainda de 12,25% ao ano. Depois de um ano de trabalho, caiu 1,5 ponto. Temos espaço para continuar trabalhando com juros civilizados, desde que haja compromisso dos três Poderes.
Fernando Haddad, em evento do BTG

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