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Dólar cai a R$ 4,862, menor valor em quase 2 meses; Bolsa sobe mais de 2%

O dólar emendou sua terceira queda seguida, esta de 0,93%, e encerrou a terça-feira (14) vendido a R$ 4,862. É o menor valor de fechamento em quase dois meses, desde 18 de setembro, quando a moeda norte-americana bateu R$ 4,856.

Já o Ibovespa — principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) — subiu 2,29% e chegou aos 123.165,76 pontos, mantendo-se acima dos 120 mil pontos pelo terceiro pregão consecutivo.

O Ibovespa atingiu a melhor pontuação do ano. É um nível comparável ao registrado em 9 de agosto de 2021, quando encerrou o dia com 123.019 pontos, de acordo com o consultor Einar Rivero. No mês de novembro, o Ibovespa acumula uma alta de 8,86%, e desde o ponto mais baixo do ano em 23 de março de 2023, a valorização é de 25,8% No ano, a alta é de 12,24%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Inflação dos EUA alimentou esperanças de juros estáveis. O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou inalterado em outubro, enquanto o núcleo da inflação mostrou sinais de desaceleração. O resultado veio abaixo da expectativa de alta de 0,1%, segundo pesquisa da Reuters. Uma inflação mais controlada favorece a manutenção ou até cortes nos juros.

CPI impacta os juros e, consequentemente, o câmbio. Com a inflação mais controlada, há a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) comece a reduzir os juros mais cedo do que o previsto. No geral, juros mais baixos nos EUA motivam o mercado a buscar investimentos com possibilidade de retornos maiores — o que beneficia as moedas de países emergentes, como o Brasil.

Perspectivas para juros no Brasil limitam ganhos do real. Embora a queda dos juros americanos tenda a favorecer o real, os sinais de desaceleração da atividade econômica brasileira podem fazer com que o Copom (Comitê de Política Monetária) aumente o ritmo de cortes da Selic. "A despeito do cenário externo, teremos um limitador da queda do dólar por conta deste contexto local", explicou à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

(*Com Reuters)

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