Dólar sobe a R$ 4,909 antes de novos dados dos EUA; Bolsa também tem alta

O dólar subiu 0,14% e fechou o dia vendido a R$ 4,909, interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas. Na semana, a moeda americana acumula ganhos de 0,58% frente ao real.

Já o Ibovespa saltou 0,31% e chegou aos 126.009,57 pontos. Desde segunda (4), porém, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) recuou 1,7%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado faz ajustes antes de novos dados de emprego dos EUA. Os investidores aguardam o payroll, um relatório de emprego que sai amanhã (8) e será crucial para determinar os próximos passos do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) com relação aos juros. Economistas projetam abertura de 180 mil vagas de trabalho em novembro — uma aceleração ante o mês anterior (150 mil).

Falas de presidente do BC japonês também estão no radar. Kazuo Ueda disse hoje que o BC vai analisar a força da demanda doméstica e as perspectivas salariais para 2024 para orientar a política monetária. As declarações fizeram o iene disparar em todo o mundo, e vêm no momento em que aumentam as apostas de que em breve o Japão sairá de décadas de taxas de juros ultrabaixas.

Movimentos de valorização do dólar são comuns nesta época do ano. É o momento em que empresas e fundos costumam ter maior demanda pela moeda americana conforme se preparam para enviar remessas de recursos para o exterior.

Na semana que vem, teremos reunião do Copom -- a última do ano. (...) Para 2024, podemos esperar que o ciclo de cortes [na Selic] se intensifique, ainda mais com a queda de juros pelo Fed nos EUA. Com certeza isso vai respingar no Brasil de forma positiva, acelerando a queda da Selic.
Rodrigo Cohen, cofundador da Escola de Investimentos

(*Com Reuters)

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