Dólar sobe pelo 4º dia, a R$ 4,966, com alta na inflação dos EUA; Bolsa cai

O dólar emendou hoje sua quarta alta consecutiva, esta de 0,59%, e terminou o dia vendido a R$ 4,966. A moeda americana agora acumula valorização de 1,03% frente ao real no mês.

Já o Ibovespa caiu 0,4% e chegou aos 126.403,03 pontos. Em dezembro, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já recuou 0,73%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Inflação nos EUA ficou acima das projeções, puxando a alta do dólar. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em novembro, chegando à alta de 3,1% em 12 meses. Economistas consultados pela Reuters previram que o CPI ficaria inalterado no mês, como aconteceu em outubro.

Dados da inflação de novembro no Brasil também repercutem. O IPCA subiu 0,28% no mês passado, menos do que o projetado por analistas (0,3%). Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 4,68%. "A leitura mostra que a desaceleração da inflação continua em curso e não há nada a se preocupar", disse a estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo, em comentário a clientes.

Mercado espera pelas decisões sobre juros nos EUA e no Brasil A expectativa dos investidores é de que amanhã (13) o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) decida pela manutenção da taxa básica de juros na faixa entre 5,25% e 5,5%. Já o BC brasileiro deve anunciar um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, que passaria de 12,25% para 11,75% ao ano.

Os dados mostram que a alta da taxa de juros pelo BC fez bem para o Brasil, e o trabalho foi bem executado para combater a inflação. (...) O CPI americano demonstra que o Fed também vem acertando a mão no controle da inflação. Claro que eles preferiam que houvesse uma queda , mas a estabilidade já é um ponto muito positivo.
Dierson Richetti, sócio da GT Capital

(*Com Reuters)

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