Conteúdo publicado há 6 meses

Bolsa sobe, passa de 133 mil pontos e bate novo recorde; dólar cai

O Ibovespa subiu 0,59% nesta terça-feira, atingindo 133.532,92 pontos. É o maior patamar registrado no ano. No acumulado de dezembro, a alta é de 4,87%.

O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira (26), a primeira após o feriado do Natal, com queda de 0,80%, cotado a R$ 4,822. O valor é o menor desde agosto, quando a moeda ficou em R$ 4,806.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Bolsa bate sequência de recordes. Na sexta-feira (22), o recorde nominal do principal índice da B3 foi de 132.752,93 pontos. Já na quinta-feira (21), o Ibovespa bateu o patamar de 132.182,01 pontos. Vale lembrar que a Bolsa estava fechada ontem, em razão do feriado de Natal.

Fechamentos pós-Natal foram favorecidos pelo "Boxing Day". O feriado mantém várias praças de negócios fechadas ao redor do mundo, em especial os países anglófonos (que têm o inglês como língua oficial ou dominante), reduzindo a liquidez. "A última semana de negociações do ano inicia com a liquidez reduzida devido ao Boxing Day em várias praças e à agenda sem grandes novidades", pontuou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.

Semana tem poucos dias de pregão no Brasil em razão das comemorações de fim de ano. Apesar disso, o dólar ainda pode continuar cedendo ante o real na virada de 2023 para 2024, segundo percepção mais geral entre os agentes do mercado cambial. "Tem um fluxo comercial enorme chegando no Brasil, mais de 20 bilhões de dólares no curto prazo, ainda que o Banco Central nem esteja fazendo os leilões de linha tradicionais de final do ano", pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em análise enviada a clientes.

Leilões de linha são operações do Banco Central brasileiro. Nessas ações, o BC vende dólares ao mercado, com compromisso de recompra no futuro. Tradicionalmente, a instituição realiza leilões de linha em dezembro, para dar conta da demanda por moeda por parte de fundos e multinacionais, que precisam remeter recursos ao exterior. "Mas neste ano (...) o fluxo está tão forte que o BC não está colocando estes leilões e ainda assim a moeda (real) está se valorizando", acrescentou Gala, para quem é possível imaginar um dólar em R$ 4,50 nos próximos meses.

O mercado brasileiro ainda reflete a aprovação do Orçamento de 2024 na última sexta-feira (22). A aprovação deu início ao recesso parlamentar do Congresso Nacional, que vai até o início de fevereiro.

Continua após a publicidade