Bolsa sobe pelo 3º dia e volta aos 129 mil pontos; dólar fica em R$ 4,962

O Ibovespa emendou sua terceira alta seguida, esta de 0,24%, e chegou aos 129.035,74 pontos. Em fevereiro, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) saltou 1%.

Já o dólar fechou próximo da estabilidade pela terceira sessão consecutiva, com leve queda de 0,09%, vendido a R$ 4,962. A moeda americana ainda acumula alta de 0,5% frente ao real no mês.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Com feriado nos EUA, dia foi de poucas movimentações. As Bolsas americanas permaneceram fechadas devido ao Dia do Presidente, feriado que homenageia os ex-presidentes dos Estados Unidos.

Mercado espera pela ata da última reunião do BC americano. O documento será divulgado na quarta-feira (21). No último encontro, o Fed (Federal Reserve) não deu qualquer indício de que vai começar a reduzir os juros em breve, afirmando ser necessário ter "maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a [meta de] 2%".

Apostas apontam para queda dos juros americanos em junho. Recentemente, após dados de inflação mais fortes do que o esperado, operadores revisaram suas projeções e agora apostam que o primeiro corte de juros nos EUA virá em junho. No final de 2023, a maioria dos investidores acreditava em um início da flexibilização monetária já em março.

Juros estáveis nos EUA costumam beneficiar o dólar. Isso acontece porque, com os juros em patamar ainda elevado, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa americano, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

No Brasil, o calendário local após o Carnaval foi leve, sem notícias econômicas ou políticas dignas de nota. Nos próximos dias, também veremos poucas notícias ou dados por aqui, o que deve fazer os holofotes serem direcionados especialmente para os dados dos países desenvolvidos.
Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank

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