Bolsa sobe pelo 4º dia após corte de juros na China; dólar cai a R$ 4,932

O Ibovespa emendou sua quarta alta seguida, esta de 0,68%, e chegou aos 129.916,11 pontos. Em fevereiro, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) saltou 1,69%.

O dólar caiu 0,6% e fechou o dia vendido a R$ 4,932, depois de três sessões seguidas próximo à estabilidade. A moeda americana agora acumula queda de 0,11% frente ao real no mês.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Corte de juros na China impulsionou queda do dólar. O governo chinês anunciou hoje a maior redução já registrada na taxa de referência para hipotecas, na mais nova tentativa de sustentar o mercado imobiliário e a economia em geral. "Tudo que mexe com a China mexe com boa parte do mundo", disse à Reuters Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Mercado ainda vê medida do governo chinês com ceticismo. Investidores temem que o corte nos juros não seja suficiente para sustentar uma recuperação frágil e um mercado imobiliário em dificuldades. Além disso, alguns operadores interpretaram o anúncio da China como uma preocupação maior das autoridades com a saúde da segunda maior economia do mundo.

Investidores esperam pela ata da última reunião do BC dos EUA. O documento será divulgado amanhã (21). No último encontro, o Fed (Federal Reserve) não deu qualquer indício de que vai começar a reduzir os juros em breve, afirmando ser necessário ter "maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a [meta de] 2%".

Apostas apontam para queda dos juros americanos em junho. Recentemente, após dados de inflação mais fortes do que o esperado, operadores revisaram suas projeções e agora apostam que o primeiro corte de juros nos EUA virá em junho. No final de 2023, a maioria dos investidores acreditava em um início da flexibilização monetária já em março.

(*Com Reuters)

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