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Dólar fecha fevereiro a R$ 4,972, com alta de 0,71% com relação a janeiro

O dólar fechou quase estável (alta de 0,05%), cotado a R$ 4,972, na última sessão mensal, nesta quinta-feira (29). Em fevereiro, a moeda norte-americana ainda acumula alta de 0,71% frente ao real.

Já o Ibovespa caiu 0,87% nesta quinta, aos 129.020,02 pontos, no segundo pregão consecutivo de queda. No mês, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) subiu 0,99%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Dados de inflação dos Estados Unidos foram divulgados nesta quinta. Os dados mostraram que o índice de preços (PCE) subiu 0,3% em janeiro, ante ganho de 0,1% registrado no final do ano passado. Analisando os últimos 12 meses até janeiro, o PCE avançou 2,4%. Ambas as leituras ficaram em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters.

Mercado avalia leitura do PCE. Segundo participantes do setor, apesar de os dados estarem de acordo com as expectativas, isso não deve levar a adiamentos ainda maiores nas apostas para o início do afrouxamento monetário do Fed (Federal Reserve; banco central dos EUA), atualmente concentradas em junho.

Quanto mais altos os juros em determinado país, mais atraente fica a rentabilidade de seu mercado de renda fixa, o que beneficia sua moeda. No caso dos EUA, o dólar fica ainda mais interessante pelo fato de ser considerado seguro em momentos de turbulência econômica ou geopolítica.

Evento com Haddad e Campos Neto entra no radar. O mercado está atento às participações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em São Paulo.

Haddad afirmou que o Brasil buscará construir uma declaração da presidência brasileira do G20 sobre tributação internacional. A iniciativa, segundo o ministro, deve ser realizada até a reunião ministerial do grupo agendada para julho, no Rio de Janeiro.

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Já se antecipava que o índice PCE viria mais forte após uma sequência de dados econômicos aquecidos, portanto, não afeta tanto as expectativas dos agentes em relação ao futuro. De toda forma, o contexto que se desenha, particularmente para o mês de janeiro, é de uma economia americana mais aquecida, o que deve contribuir para um comportamento de cautela do Federal Reserve na condução da sua política monetária.
Leonel Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX

(*Com Reuters)

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