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Cultura regional é fonte rica de diferenciais criativos e agrega valor

Rose Mary Lopes*

Do UOL, em São Paulo

Parte do patrimônio de um povo é sua diversidade cultural, que abrange vários aspectos incluídos na hoje reconhecida economia criativa. Esta envolve diversas vertentes: folclore, música, artesanato, modos e modas de vestir e gastronomia.

O interessante é que essas vertentes oferecem fontes de vantagem competitiva pelo fato de, no geral, tratarem-se de formas de expressão distintivas e únicas.

Entretanto, alguns desses aspectos ou manifestações não são valorizados pelos locais ou até mesmo pelos brasileiros. Pela razão de serem nossas, estarem sempre lá, de as pessoas crescerem expostas a elas, parece que não atribuem o devido crédito e significado de identidade e orgulho. Daí não as perceberem como oportunidade de transformação e de fonte de renda.

Em relação ao artesanato, lembro-me da renda do tipo renascença confeccionada em vários pontos do Nordeste. Várias vezes sem material de qualidade, faltando melhoria no design e ausência de inovação.  

Sem ter ciência das possibilidades de agregação de valor ao seu produto, o que as rendeiras podem obter como sustento é pouco.

Contudo, surpreende mesmo a constatação do que se pode adicionar como valor a esse artesanato. Aparecendo a inovação em pontos novos, no design, nas combinações com tecidos mais nobres (exemplo do linho) e no estilo podem ser criadas peças lindíssimas, de valor elevado e únicas. É o que faz empresa a empresa Fátima Rendas vendendo esses produtos em lojas nos aeroportos.

Creio que esse esforço possa ser potencializado por nossos estilistas e pela indústria da moda. Bastaria incorporar o trabalho de nossas artesãs, ajudando assim construir uma moda com maior valor e toques de autenticidade e brasilidade.

E por que não envolver nossas topmodels e celebridades como forma de ajudar na divulgação e valorização das nossas rendeiras? A renda nacional agradeceria!

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