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Rodízio de brigadeiros tem versões Ovomaltine, cerveja e whey por R$ 39,90

Márcia Rodrigues

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/11/2016 06h00

Você já imaginou poder comer brigadeiros de vários sabores servidos à vontade em um rodízio similar ao de uma pizzaria ou churrascaria? É a aposta das irmãs gêmeas Selene e Melissa Gallucci, 40, e a mãe, Ada Gallucci, criadoras do Universo do Brigadeiro, para os clientes degustarem seus doces de uma só vez.

Todos os sábados, das 10h às 18h, elas abrem as portas da fábrica para receber os clientes para um rodízio com até 25 sabores de brigadeiro.

O cardápio varia conforme o mês do ano, já que elas utilizam frutas, castanhas e outros ingredientes de época nas suas receitas. Para o fim do ano, por exemplo, elas estão preparando um brigadeiro sabor panetone.

A maioria dos doces ganhou a versão gourmet como os brigadeiros de Ovomaltine, cerveja, caipirinha, whey protein, Leite Ninho com Nutella, paçoca, castanha-do-pará, limão siciliano, cupuaçu, graviola, capim santo, milho verde, laranja, nozes e coco queimado, entre outros.

Mas há, também, o tradicional brigadeiro de chocolate ao leite e as versões light, diet e sem lactose para quem sofre de intolerância ou não pode consumir gordura e açúcar, além da versão vegana.

Durante a semana, eles são vendidos a R$ 3,80 a unidade, independentemente do sabor, em um carrinho que fica estacionado na Rua dos Buritis, 251, no bairro do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, das 11h às 19h. Cada um pesa 20 gramas.

O rodízio, realizado na mesma rua, no número 922, onde fica a fábrica do Universo do Brigadeiro, custa R$ 24,90 (crianças de 6 a 10 anos) e R$ 39,90 (adultos). É preciso fazer reserva (11-2372-6281).

Segundo a empresária Selene, eles recebem cerca de 20 pessoas por fim de semana. "No rodízio, os brigadeiros ganham uma versão menor, de 15 gramas, para o público conseguir provar mais sabores. Há pessoas que comem 10 unidades e já se dão por satisfeitas, mas já houve um cliente que comeu 90 brigadeiros."

Carrinho vende brigadeiros na rua

Selene diz que, durante a semana, ela, a irmã e a mãe se revezam na produção e venda dos brigadeiros nos carrinhos. "Além do rodízio e do carrinho, recebemos muitas encomendas para aniversários, casamentos e outras festas. Algumas, inclusive, contratam o carrinho para servirmos os doces durante o evento."

Por mês, a empresa fatura R$ 15 mil, sendo R$ 5.000 apenas do rodízio. O lucro não foi revelado.

Selene, que é jornalista, e Melissa, que é radialista, abandonaram as profissões e resolveram abrir o negócio com a mãe, que é culinarista, por acreditarem que o brigadeiro nunca sairá de moda. "Sempre amamos brigadeiro e, por ser um doce típico, vimos que havia uma oportunidade de ofertamos produtos diferenciados."

Rodízio não tem demanda

Para Juliana de Magalhães Berbert, consultora do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), a ideia de se criar um rodízio para os clientes degustarem os brigadeiros é positiva por ser novidade e, consequentemente gerar mais publicidade para a marca.

Ela afirma, no entanto, que o rodízio deve ser mantido de forma pontual, apenas um dia na semana, da forma que as empresárias fizeram, porque a demanda por doce é menor do que por pizza ou churrasco, por exemplo.

"As pessoas, normalmente, não conseguem comer muito doce. Quando você escuta alguma pessoa falando que quer comer um doce, pode observar que ela ressalta que quer apenas um pedacinho só para adoçar a boca. Claro que há exceções, mas a maioria age dessa maneira."

Cliente que come pouco compensa excesso de 'comilão'

Berbert diz que quem abre um rodízio, normalmente, conhece seus custos e o ponto de equilíbrio, ou seja, quantos doces devem ser consumidos, no caso, para não haver prejuízo.

"O que ocorre é que o cliente que come menos vai compensar o possível prejuízo que um comilão pode trazer. "

Onde encontrar:

Universo do Brigadeiro:  http://www.universodobrigadeiro.com.br

Dia Dia Express: Brigadeiro frito

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