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Franquias faturam R$ 44 bilhões e crescem 6,3% no 3º trimestre, diz ABF

Da Agência Brasil

28/11/2018 19h43

O mercado de franquias brasileiro cresceu 6,3% no terceiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, com o faturamento passando de R$ 41,850 bilhões para R$ 44,479 bilhões.

Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 7%, de R$ 159,826 bilhões para R$ 170,988 bilhões. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, divulgada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) nesta quarta-feira (28).

De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, as incertezas do cenário eleitoral, o aumento da inflação e a queda da confiança do consumidor e do empresariado refletiram no desempenho do terceiro trimestre.

“Embora tenhamos registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído, possivelmente impactado pelas incertezas inerentes ao cenário pré-eleições. Para manter seu crescimento, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na busca por novos formatos, perfis de público e mercados”, disse.

Abertura de lojas

Os dados mostram que a abertura de lojas cresceu 1,4% no período, sendo 3% de abertura e 1,6% de fechamento de unidades.

A pesquisa indicou também alta de 6,7% no número de postos de trabalho, o que equivale a mais de 80 mil pessoas contratadas. O número de vagas passou de 1,205 milhão para 1,286 milhão. Na comparação com o segundo trimestre, o crescimento foi de 5%. De acordo com o presidente da ABF, além da sazonalidade, os novos modelos de contratação previstos na reforma trabalhista contribuíram com o movimento.

Segundo o estudo da ABF, 11 segmentos tiveram desempenho superior no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017. O segmento com maior crescimento no período foi Entretenimento e Lazer, com alta de 25,2%. Em segundo, aparecem Serviços e Outros Negócios, com 10,3% de crescimento, impulsionado, principalmente, pelos serviços logísticos.

O terceiro melhor colocado foi Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 9,7%, alavancado pela venda de produtos de higiene e beleza e o desempenho de redes de depilação e demais serviços estéticos. Alimentação ficou em 4º lugar (6,7%), graças aos investimentos das redes em promoções, eficiência operacional e novos modelos e canais de venda, principalmente o delivery.

De acordo com as projeções da entidade, o ano de 2018 deve ser encerrado com crescimento de 7% em faturamento e de 5% em unidades franqueadas. Já o volume de redes em operação no país deve se estabilizar em 2.800.

A pesquisa foi realizada entre redes que representam cerca de 35% das unidades e 44% do faturamento total do setor.