Brasileiros e chineses são os que mais misturam vida pessoal e profissional
AFP
PARIS, 30 Set 2013 (AFP) - Os profissionais brasileiros e chineses, ao contrário dos europeus, são mais propensos a misturar vida particular e profissional, enviando e-mails de casa ou saindo de férias com o computador do trabalho, segundo um estudo de um grupo especializado em viagens de negócios.
Segundo esta pesquisa realizada em sete países pela Pullman, uma empresa especializada em viagens de negócios do grupo hoteleiro Accor, os brasileiros e os chineses são os mais adeptos ao "blurring", o termo em inglês que define a mistura constante entre vida profissional e vida privada.
Cerca de 85% dos chineses e 74% dos brasileiros levam seus computadores, smartphones e tablets durante as férias ou fins de semana, contra 47% dos britânicos ou 50% dos alemães.
Além disso, 92% dos chineses e 83% dos brasileiros pensam que o "blurring" facilita sua carreira profissional, uma opinião compartilhada por apenas 70%, em média, dos pesquisados nos demais países.
Os americanos são os mais ambíguos sobre os benefícios de se conectar de casa a sua vida profissional. Por um lado, consideram - mais que em outros países - que trabalhar em casa aumenta a produtividade e permite passar mais tempo com a família.
No entanto, ao mesmo tempo também são conscientes, mais que a média de outros países, das consequências de estar sempre trabalhando e do estresse que isso gera.
Pelo contrário, os franceses e alemães misturam menos sua vida profissional e sua vida particular e são os que têm a opinião mais negativa sobre levar trabalho para casa.
São também os franceses (94%) e os alemães (62%) os que realizam menos atividades pessoais no trabalho, contra uma média de 96% entre os pesquisados dos demais países.
Somando todas as nacionalidades, 27% das pessoas interrogadas reconhecem que organizam seus fins de semana e suas férias durante suas horas de trabalho.
Os pesquisados também reconhecem enviar e-mails profissionais de casa antes de ir ao escritório (48%) e inclusive na cama antes de ir dormir (27%).
O estudo do instituto Ipsos a pedido da Pullman foi realizado com entrevistas com 2.252 pessoas de 25 a 65 anos, todas elas com trabalho e renda alta, que estiveram ao menos três vezes em um hotel de três ou mais estrelas nos últimos doze meses.