Entrevista de emprego rápida é mau sinal; veja como saber se mandou bem
"E aí, foi bem na entrevista?" Essa é a pergunta que todo profissional ouve diversas vezes na carreira, vinda de familiares e amigos. Mas como saber se foi bem assim que coloca o pé para fora da sala do entrevistador?
Ainda que isso possa ser muito subjetivo, alguns sinais durante a conversa ou mesmo depois podem dar uma pista. Uma entrevista curta demais, o desinteresse do entrevistador ou mesmo a falta de detalhes sobre as etapas do processo seletivo podem ser um mau sinal.
"Não há como dar certeza apenas por sinais, mas existem dicas para saber se foi bem ou não", afirma Felipe Brunieri, gerente da Talenses, especializada em recrutamento.
"O que conquista essa empatia é ser verdadeiro. É preciso evitar parecer algo que não é, apostando em frases prontas. O recrutador é capaz de perceber isso", afirma Roberto Cunha, diretor-executivo da Hiring, especializada em seleção.
Confira quais sinais podem mostrar se você mandou bem na entrevista:
Tempo de entrevista
Quanto maior a duração, melhor. "Um pouco mais de uma hora é um bom sinal. Mas depende do interlocutor. Alguns são mais objetivos e práticos. Já vi casos de entrevistas de 15 minutos que foram boas", afirma Felipe Brunieri.
O nível do cargo pretendido também afeta o tempo. "Pode ser de 30 a 45 minutos para um nível de analista, e mais de uma hora no caso de gerenciais", diz Roberto Cunha.
Interação
Uma entrevista de emprego não pode ser um monólogo. A interação entre as duas partes é muito importante e, quando a conversa está fluindo, é um ponto positivo.
Quando o entrevistador está interessado, vai fazer perguntas, acompanhar o raciocínio do candidato e reagir. "Se está mais distante ou sem interação , geralmente não está sendo agradável", diz Brunieri.
Perguntas sobre interesse do profissional no cargo
Quando o entrevistador se interessa pelo candidato, costuma fazer perguntas sobre o desejo que ele tem pela vaga. Por exemplo, pode querer saber quanto tempo precisaria para começar no novo cargo ou como reagiria a uma eventual contraproposta da empresa em que está trabalhando.
Ele também pode querer saber o quanto o profissional se interessa pelo projeto daquele cargo ou empresa, e os objetivos que pretende alcançar.
Presença de um segundo entrevistador
Processos seletivos costumam ter mais de uma etapa. Muitas vezes o candidato deve passar por mais de um entrevistador. Quem está recrutando quer agilizar ao máximo esse processo fazendo, por exemplo, duas entrevistas no mesmo dia.
Por isso é bom quando um primeiro entrevistador chama um supervisor já na sequência para conversar com o candidato, como o gestor direto do cargo pretendido. Adiantar etapas é um indício de que a entrevista foi proveitosa. "Ninguém vai investir tempo na entrevista se o candidato não é o ideal", afirma Brunieri.
Referências profissionais
Quando o entrevistador pede referências profissionais ao candidato, como o contato de antigos chefes ou empresas em que trabalhou, pode ser um sinal de que ele pretende avançar o candidato para uma próxima etapa, afirma Roberto Cunha.
Detalhes sobre os próximos passos da seleção
Ao se deparar com um candidato interessante, o entrevistador costuma detalhar ao final da entrevista os próximos passos do processo seletivo, dizendo em quanto tempo pretendem dar uma resposta e como são as etapas seguintes.
"Essa é uma forma de demonstrar que o candidato tem o perfil que ele procura", afirma Roberto Cunha.
Tempo de resposta
"Quanto mais rápido é o tempo de resposta, melhor", afirma Brunieri. Segundo ele, um bom sinal é que ela venha entre uma semana e uma semana e meia depois.
Mas esse tempo pode variar. "Não é pecado demorarem até 15 dias para dar o retorno. Depende do momento em que está o processo", afirma Roberto Cunha.
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