Diferença salarial entre homem e mulher persiste nos EUA
O relatório usou dados de 2000 da agência do Censo dos EUA e dados de 2002-03 do Estudo de População Atual, uma pesquisa mensal conduzida pelo Censo e pela Agência de Estatísticas Trabalhistas.
Foi descoberto que em todo o país a média salarial para as mulheres em 2002 foi de 76,2% do salário dos homens. A primeira pesquisa do grupo, em 1996, mostrava que as mulheres em 1989 ganhavam 68,5%do salário dos homens.
"As coisas melhoraram em alguns lugares e pioraram em outros, mas onde quer que você vá na América as mulheres são enganadas, a começar por seus salários", disse Heidi Hartmann, economista e presidente do instituto.
Estatísticas sobre a disparidade salarial vêm sendo criticadas por alguns grupos como imprecisas. Por exemplo, o Centro Nacional para Análise Política disse em um artigo de 2002 que "os padrões da vida profissional" das mulheres e a preferência por empregos que ofereçam mais flexibilidade e benefícios no lugar de altos salários afetavam de forma significativa a remuneração.
"A 'disparidade salarial' não tem tanto a ver com a discriminação dos patrões contra as mulheres, e mais com as mulheres fazendo escolhas discriminantes no mercado de trabalho", disse o Centro Nacional para Análise Política. Segundo o estudo do instituto, as mulheres em Washington ganhavam mais e foram as que mais se aproximavam dos homens em questões salariais. Elas ganhavam 92,4 centavos para cada dólar ganho pelos homens por empregos em tempo integral, disse o relatório.
A disparidade salarial era mais acentuada em Wyoming, onde as mulheres ganhavam 66,3 por cento do salário dos homens, mostrou o estudo.
Em alguns Estados, a disparidade salarial era ainda maior quando a raça era considerada, e com mulheres negras e hispânicas em comparação com os homens brancos. Por exemplo, mulheres na Louisiana ganhavam 68,5% do que os homens recebiam, mas negras naquele Estado ganhavam 48,9% do que os homens brancos ganhavam.