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Diferença salarial entre homem e mulher persiste nos EUA

Da Reuters
Em Washington

Todos os Estados norte-americanos reduziram a diferença salarial entre homens e mulheres, mas em nenhum essa disparidade foi eliminada, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (16/11). Um relatório do Instituto de Pesquisa de Políticas para Mulheres, um grupo de pesquisa de Washington, mostrou que no ritmo atual dos salários, vai demorar ainda 50 anos antes que as remunerações entre homens e mulheres fiquem iguais nos Estados Unidos.

O relatório usou dados de 2000 da agência do Censo dos EUA e dados de 2002-03 do Estudo de População Atual, uma pesquisa mensal conduzida pelo Censo e pela Agência de Estatísticas Trabalhistas.

Foi descoberto que em todo o país a média salarial para as mulheres em 2002 foi de 76,2% do salário dos homens. A primeira pesquisa do grupo, em 1996, mostrava que as mulheres em 1989 ganhavam 68,5%do salário dos homens.

"As coisas melhoraram em alguns lugares e pioraram em outros, mas onde quer que você vá na América as mulheres são enganadas, a começar por seus salários", disse Heidi Hartmann, economista e presidente do instituto.

Estatísticas sobre a disparidade salarial vêm sendo criticadas por alguns grupos como imprecisas. Por exemplo, o Centro Nacional para Análise Política disse em um artigo de 2002 que "os padrões da vida profissional" das mulheres e a preferência por empregos que ofereçam mais flexibilidade e benefícios no lugar de altos salários afetavam de forma significativa a remuneração.

"A 'disparidade salarial' não tem tanto a ver com a discriminação dos patrões contra as mulheres, e mais com as mulheres fazendo escolhas discriminantes no mercado de trabalho", disse o Centro Nacional para Análise Política. Segundo o estudo do instituto, as mulheres em Washington ganhavam mais e foram as que mais se aproximavam dos homens em questões salariais. Elas ganhavam 92,4 centavos para cada dólar ganho pelos homens por empregos em tempo integral, disse o relatório.

A disparidade salarial era mais acentuada em Wyoming, onde as mulheres ganhavam 66,3 por cento do salário dos homens, mostrou o estudo.

Em alguns Estados, a disparidade salarial era ainda maior quando a raça era considerada, e com mulheres negras e hispânicas em comparação com os homens brancos. Por exemplo, mulheres na Louisiana ganhavam 68,5% do que os homens recebiam, mas negras naquele Estado ganhavam 48,9% do que os homens brancos ganhavam.

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