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Emoção pode te deixar pobre; livro ensina a se controlar e poupar dinheiro

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Imagem: Getty Images/iStockPhoto

Sophia Camargo

Do UOL, em São Paulo

21/08/2016 06h00

Você compra porque precisa ou compra porque não consegue resistir ao impulso? Percebe que faz compras quando está triste ou ansioso?

Conhecer os motivos que levam a gastar descontroladamente ou por que nunca sobra dinheiro para poupar é a chave para melhorar as finanças, diz a educadora financeira Shirley Freitas, da Ponto C Consultoria e autora do e-book gratuito “Comandando Emoções”, disponível nesse link http://download.uol.com.br/noticias/comandando-emocoes.pdf

Medo, inveja, preguiça

Segundo ela, várias emoções são problemáticas quando o assunto é dinheiro. Medo é uma delas. “Não querem fazer o orçamento porque ficam com medo do resultado e acham que não vão mais poder comprar."

Outra emoção perigosa é a teimosia: a maioria é resistente a mudar seus comportamentos. Muitos também se afundam nas dívidas por inveja, por querer mostrar ao outro que podem ter determinado status. Outros sofrem por não terem a disciplina para levar uma decisão adiante.

Círculo vicioso

Em seu trabalho, ela percebe que as pessoas costumam procurar ajuda para arrumar as finanças quando já estão endividadas demais. 

“A pessoa só sai de um círculo vicioso de consumo e gastos se fizer um planejamento financeiro e tiver consciência da necessidade dele. Se essa consciência não estiver forte, o indivíduo não interrompe o círculo”, diz.

Mas também existe o outro lado: algumas pessoas têm dinheiro, mas não sabem o que fazer com ele. “Muitas vezes essas pessoas tiveram experiências traumáticas na vida e sabem que devem poupar, mas não sabem o que fazer com o dinheiro. Ter um objetivo para poupar também é importante, ou vira sofrimento”, diz.

Veja abaixo os passos para controlar a emoção e poupar dinheiro:

Separe as contas
Defina um orçamento - tomnamon/iStock - tomnamon/iStock
Imagem: tomnamon/iStock

Faça um diagnóstico da situação financeira. Para isso, anote cada gasto separadamente, por tipo de despesa. Ex.: refeição, lazer, luz, internet, pedágio, combustível, açougue. Somente desta maneira você saberá para onde está indo seu dinheiro e poderá fazer uma análise minuciosa.

Tempo de análise varia
Horário de verão; relógio, imagem representativa - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O tempo para avaliar em que pé estão as contas varia de acordo com o ramo de atividades. Se você for funcionário com carteira assinada ou tiver uma renda fixa, faça as anotações por 30 dias. Se for funcionário autônomo, um profissional liberal ou tenha renda variável, faça as anotações por 90 dias

Use investimentos para pagar as dívidas
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Mesmo quem tem poupança no banco ou investimentos em renda fixa, muitas vezes, acaba se endividando. Use as reservas para quitar as dívidas, pois a rentabilidade dos investimentos é sempre menos que os juros que a pessoa vai pagar

Renegocie as dívidas
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Liste todas as dívidas e troque as mais caras pelas mais baratas. Quem ainda não está com o nome sujo pode obter um empréstimo a juros menores (como o consignado) para quitar as dívidas com juros maiores (como cheque especial e cartão de crédito)

Planeje as compras
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Imagem: Apollofoto/Shuterstock

Saia de casa sabendo o que vai comprar. Antes de ir ao mercado, faça uma lista de compras e procure seguir. Qualquer coisa pode ser motivo para a compra por impulso de algo que não é necessário

Corte e economize
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Com um controle mais rígido dos pequenos gastos, fica mais fácil saber onde cortar. É preciso ter real noção do que é necessário, do que é capricho e do que é simplesmente desperdício. O melhor é pensar nas finanças como se a própria pessoa fosse uma empresa, cortando aquilo que for desnecessário, trocando por marcas mais baratas e aproveitando promoções e liquidações. 

Tecnologia ajuda na organização das finanças

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