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Método dos 10 envelopes ajuda a cortar gastos e a guardar dinheiro todo mês

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/08/2016 06h00

Está difícil organizar as contas e guardar dinheiro? 10 envelopes podem te ajudar a arrumar as finanças e começar a economizar. 

Segundo o educador financeiro Robinson Trovó, da Trovó Academy, para enriquecer, uma pessoa tem que gastar menos do que ganha, ter uma reserva de emergência e investir ao menos 10% de sua renda líquida todo mês em investimentos que pague juros acima da inflação.

A proporção ideal seria assim:

  • 70% da renda líquida usada para despesas
  • 20% para reserva de emergência
  • 10% para investimentos

Exemplo: Se a pessoa ganha R$ 5.000 líquidos (já considerando todos os descontos da folha de pagamentos, por exemplo), ela deve reservar R$ 500 reais para investir, R$ 1.000 para reserva de emergência e R$ 3.500 para as despesas.

A técnica dos envelopes pode ajudar a pessoa a se organizar para manter essa proporção e, assim, conseguir executar seu planejamento financeiro.

Veja como funciona

O primeiro passo é simples: compre 10 envelopes em uma papelaria. A seguir, escreva, em cada um deles: carro, casa, saúde, educação, compras, supermercado, lazer, dívidas, reserva de emergência e investimentos. 

  • Carro: seguro, manutenção, IPVA, combustível, gastos com mecânico
  • Casa: aluguel, condomínio, água, IPTU, seguro, luz, gás, telefone, internet e TV a cabo, manutenção do imóvel
  • Saúde: plano de saúde, remédios, exames e consultas não cobertos pelo plano, gastos com estética e academia
  • Compras: compras avulsas que não estão nos outros itens, tais como vestuário, calçados, livros, maquiagem, perfumes, presentes
  • Supermercado: inclui as compras de alimentação e produtos de limpeza
  • Lazer: viagem, restaurantes, cinema, teatro, passeios
  • Educação: mensalidades escolares, livros, uniformes, transporte escolar
  • Dívidas: inclui tudo o que paga com juros tais como empréstimos e cheque especial
  • Reserva de emergência: dinheiro que será separado para gastos emergenciais
  • Investimentos: 10% da renda líquida a ser investida todo mês

Durante o primeiro mês, não serão usados os envelopes reserva de emergência e investimentos.

Na frente dos envelopes de despesas, escreva, a lápis, o quanto você acha que gasta por mês com cada um. Por exemplo: carro (R$ 300); casa (R$ 1.000).

Ao longo do mês, coloque todos os comprovantes de gastos (fatura ou recibo de compras) dentro do envelope adequado.

Susto no primeiro mês

Ao final do primeiro mês, some tudo o que foi gasto com cada despesa e verifique se o resultado foi muito diferente. Anote o valor real dos gastos. Exemplo: carro (previsto: R$ 300 / realizado: R$ 600); casa (previsto: R$ 1.000 / realizado: R$ 1.100).

De acordo com Trovó, as pessoas costumam se espantar demais nesse primeiro momento. “Geralmente vai haver um ou dois envelopes cujo resultado será absurdamente diferente daquilo que a pessoa imaginou. Esse é o envelope inimigo, é em cima dele que tem de focar para reduzir os gastos. Carro e compras normalmente são os envelopes problemáticos”, diz.

Desafio aumenta no segundo mês

No segundo mês o desafio aumenta. Como já tem uma ideia melhor do quanto gasta, escreva a soma correspondente ao gasto em cada envelope e distribua o dinheiro necessário para pagar as despesas dentro de cada um deles.

O objetivo é gastar somente o dinheiro que está dentro do envelope.

Separe 10% da renda líquida para o envelope Investimentos e aplique esse dinheiro em um investimento que esteja rendendo mais do que a inflação. 

O que sobrar do dinheiro (o ideal é que seja 20% da renda líquida) deve ser guardado no envelope Reserva de Emergência. Esse valor deve ser aplicado em um investimento que permita o saque rápido do dinheiro.

Repita esse procedimento a cada mês até conseguir ajustar as contas à proporção ideal.

Quando usar a reserva de emergência

A reserva de emergência deve ser usada só em casos excepcionais, como problemas de saúde, desemprego ou algum gasto necessário, como conserto de uma geladeira. Não deve ser usada para cobrir o descontrole financeiro.

Se observar que o dinheiro da reserva de emergência é necessário para cobrir gastos todo mês, terá de reduzir os gastos fixos ou procurar novas fontes de renda.

Tecnologia ajuda na organização das finanças

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